Árvores vandalizadas numa propriedade em Tomar
Isabel Serôdio e Luís Ferreira vivem em Lisboa mas são donos de uma propriedade em Tomar. Recentemente foram surpreendidos com uma acção de destruição de árvores como sobreiros, azinheiras e carvalhos.
Cerca de três dezenas de árvores apareceram furadas, algumas delas com as raízes também maltratadas e com vestígios de um líquido, não identificado, num terreno de Isabel Serôdio e Luís Ferreira, na freguesia de São Pedro, em Tomar. As árvores danificadas são sobreiros, azinheiras e carvalhos. Apenas as oliveiras foram poupadas a este crime ambiental.
Isabel e Luís vivem em Lisboa há vários anos mas todos os fins-de-semana vão a Tomar, onde têm casa e terrenos em São Pedro de Tomar. Num dos terrenos, situado em Cardelas, possuem cerca de oito dezenas de árvores. Só no dia 10 de Novembro é que detectaram os furos nas árvores e nas raízes.
“Viemos a este terreno ver se havia azeitona pronta para apanhar quando nos deparámos com esta situação. As árvores estão escavadas, algumas das raízes estão serradas e há árvores com mais de 20 furos. São furos que se percebe que foram feitos com um berbequim ou um instrumento parecido, porque os furos são certos e de diversos tamanhos. Além disso, nota-se que em algumas árvores escorre um líquido escuro, que não sabemos o que será”, conta Isabel Serôdio a O MIRANTE, enquanto nos mostra os furos feitos nas árvores.
O casal apresentou queixa formal na Guarda Nacional Republicana (GNR) de Tomar, com fotografias para documentar a queixa. Os militares aconselharam Isabel e Luís a não cheirarem as árvores para tentarem descobrir que líquido tinha sido lá colocado porque poderia ser perigoso.
Um dos sobreiros estava cortado aos bocados e deixado no terreno. Como o sobreiro é uma espécie protegida tiveram que fazer uma participação ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e não podem tirar a árvore do local, mesmo estando cortada em pedaços.
“Quem é que é capaz de cometer uma maldade destas? Isto é um crime ambiental. As árvores não fizeram mal a ninguém. Isto são pessoas que escolhem esta via de actuação, não sei com que intuito”, questiona Isabel Serôdio.
O casal está sobressaltado com a situação porque só vai a Tomar aos fins-de-semana e o terreno, que pertence à família de Isabel há mais de cinquenta anos, está à mercê de quem quiser fazer mal. Isabel Serôdio garante que nunca tinha acontecido um caso destes e lamenta que destruam árvores sem razão aparente.