Carlos Braga, ex-autarca comunista, porta-voz do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) e um rosto conhecido em Vialonga, morreu no dia 27 de Novembro, aos 70 anos, vítima de Acidente Vascular Cerebral.
Era eleito da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira e ganhou notoriedade nos últimos anos como porta-voz do MUSP e por ter sido um dos impulsionadores da luta pela abolição das portagens na Auto-Estrada do Norte (A1) no troço entre Vila Franca de Xira e Lisboa. Conseguiu levar a sua luta até à discussão no Parlamento mas viu a proposta da abolição das portagens ser chumbada pelos partidos da maioria.
A notícia da sua morte gerou consternação na comunidade. O funeral realizou-se no cemitério da Póvoa de Santa Iria. “Carlos Braga era um homem de profundas convicções e de um profundo compromisso consequente com o povo, os trabalhadores e o seu partido”, lamentou o PCP em nota de imprensa.
A última aparição pública de Carlos Braga foi em Abril, na cerimónia comemorativa dos 45 anos da revolução dos cravos, onde foi distinguido com a medalha de mérito municipal dourada pela câmara municipal.
Nasceu em Lisboa mas sempre viveu em Vialonga. Foi soldador e serviu na Guiné na Guerra Colonial na Polícia Militar. Quando voltou esteve 23 anos na metalúrgica Mague. Filiou-se no partido em 1976. Era um orgulhoso sportinguista e gostava de juntar os amigos em ambiente tertuliano na garagem que tinha no Cabo de Vialonga e onde O MIRANTE o entrevistou em 2016, entrevista que pode ser recordada na edição semanal online do nosso jornal.