Desde 5 de Agosto que ninguém sabe o que aconteceu a Vitalina Galvão, 86 anos, residente no Cartaxo. A idosa desapareceu na manhã desse dia e apesar de várias buscas, durante vários dias, nem uma única pista foi encontrada. Passado tanto tempo, os familiares já não têm esperança de a poder encontrar viva. Agora só desejam que o corpo seja encontrado, para que possam fazer o luto e tentar encontrar respostas para o que terá sucedido.
As autoridades empenharam-se a procurar a idosa, como realça Sandra Carvalho, sobrinha de Vitalina Galvão. Sem nada a apontar às autoridades e ao município, lembra que tudo fizeram para que a sua tia fosse encontrada rapidamente nos dias seguintes ao seu desaparecimento. Sandra diz que ela e os restantes familiares ainda tiveram ao longo de vários dias a esperança de encontrar Vitalina porque na altura do desaparecimento havia movimento nos campos de trabalhadores e caçadores.
As buscas que se iniciaram após o alerta de desaparecimento foram canceladas ao fim de sete dias sem qualquer pista. Mas os familiares ainda fazem, de vez em quando, as suas próprias buscas. Para Sandra Carvalho o mais intrigante neste caso é que a sua tia nunca sofreu de problemas de memória e sempre foi uma pessoa bastante activa. “Não se compreende tudo isto. É por isso que vou continuando a relembrar o desaparecimento nas redes sociais. Um dia saberemos o que se passou”, desabafa.
Recorde-se que Vitalina Galvão foi vista pela última vez na manhã de 5 de Agosto quando saía do supermercado Intermarché, onde costumava fazer compras. Naquele dia ia ser surpreendida pelo neto, emigrado em Inglaterra, que veio de férias e ia mostrar pela primeira vez o filho e bisneto da idosa. As operações de busca juntaram mais de uma centena de pessoas, entre voluntários e operacionais. Chegaram-se a usar cinco drones e cães de busca e salvamento que percorreram uma vasta área de terreno no Cartaxo.