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31 anos do jornal o Mirante
Filipe Nicolau escreve e dá voz às suas canções de amor
Entrevista com Filipe Nicolau decorreu na redacção de O MIRANTE onde o jovem cantou algumas músicas ao vivo

Filipe Nicolau escreve e dá voz às suas canções de amor

Cantor do Cartaxo acaba de lançar o primeiro álbum a solo e em português. Diz-se inspirado e capaz de lutar pelo sonho da sua vida, que é viver da escrita e da música

Filipe Nicolau, 31 anos, é do Cartaxo e acabou de lançar o seu primeiro EP intitulado “Licor”, que é também o nome da música principal do repertório que fala de encontros e desencontros num amor que se perdeu. “Escrevo com base nas histórias dos outros porque a minha ainda não é assim tão interessante” afirma.
A conversa com Filipe Nicolau decorreu na redacção de O MIRANTE e iniciou-se com uma intervenção ao vivo (ver vídeo em OMIRANTE.TV). A música surgiu na vida de Filipe quando tinha 16 anos através de um amigo que o desafiou a aprender a tocar guitarra. A partir daí começou a escrever e a compor e nunca mais parou.
Depois de se ter licenciado em Comunicação e Multimédia foi tentar a sorte para Londres, Inglaterra, onde esteve cerca de um ano, mas as coisas não correram como planeado. “Juntei-me a uma banda inglesa mas, de repente, disseram que não me queriam e mandaram-me embora. Foi o meu primeiro grande desgosto e pensei em desistir mas aguentei-me”, conta.
Para ir pagando as contas trabalhou a assar frangos e a distribuir panfletos, referindo que lhe fez muito bem ter ido além fronteiras viver a experiência de ficar longe da terrinha. Filipe nunca se sentiu um verdadeiro ribatejano por não se rever nos costumes da região, mas aos poucos tem vindo a mudar de opinião: “O Ribatejo está muito associado a touros, cavalos e ao mundo rural. Hoje percebo que também é uma região de bons escritores, músicos, empresários e de pessoas solidárias”.
O músico tem uma banda chamada The Town Bar mas reconhece a dificuldade em viver das receitas das actuações. “O problema de vivermos fora dos grandes centros é a dificuldade em sermos conhecidos e conseguirmos espectáculos. Aqui todos querem trabalho de borla. É mais fácil valorizarem quem vem de fora”, lamenta.
Quando questionado sobre como explicaria aos leitores o seu estilo da música Filipe Nicolau diz que o seu estilo “é não ter estilo nenhum” e justifica-se: “A música não pode ter rótulos. Componho baseado no que me soa bem e não porque tenho de obedecer a um estilo”.
Como ganhar a vida no mundo da música ainda é uma miragem Filipe está à procura de trabalho. “Vejo-me casado, com filhos, a viver só da música e sem plano alternativo. Não quero acreditar que vou falhar este meu objectivo de vida”, diz a terminar

As relações amorosas e o álcool para perder a vergonha
Filipe Nicolau gosta de tocar e cantar, mas a sua grande paixão é escrever. Algumas letras falam da busca do amor e de romances falhados. Filipe garante que não são autobiográficas até porque ainda não tem tempo para se apaixonar: “Se tivesse alguma relação seria muito mau namorado. Gosto mais de relações casuais, porque posso entregar-me à música de corpo e alma”.
O maior problema de Filipe sempre foi o nervosismo e vergonha em palco. Para combater o problema utilizava uma solução pouco recomendada: bebia álcool antes dos concertos e chegou a actuar “tocado”. Depois de um problema grave de saúde deixou de o fazer e hoje sente-se muito melhor. “Tive que me redescobrir em palco. Gosto mais desta versão de mim mesmo”, conclui.

Filipe Nicolau escreve e dá voz às suas canções de amor

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