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Fazer caridade para ficar na fotografia não vale

Todas as acções de solidariedade e de ajuda aos mais carenciados são de enaltecer. O que não me parece adequado é que quase todos os benfeitores, por vontade própria ou por consentimento, sejam publicitados como beneméritos. A ideia que fica é que o gesto solidário teve outro objectivo para além da solidariedade, coisa que a mim me desagrada.
Sou contra a caridade em troca de publicidade e sou principalmente contra esta deriva de todas as associações, instituições, grupos, clubes, empresas etc, etc...se atirarem aos mais necessitados como cão a bofe, em vez de optarem por canalizar as suas ajudas para organizações que trabalham todo o ano no sector social e não apenas no Natal.
Se o grupo excursionista os moscatéis (vénia ao escritor Dinis Machado que inventou o nome) quer ser solidário, porque é que em vez de comprar um bacalhau, um peru, uma garrafa de azeite, uma de vinho, um bolo-rei e chamar o jornal da terra para tirar um retrato ao momento da entrega à família pobre não faz chegar o seu contributo ao Banco Alimentar contra a Fome, à Caritas ou a outra organização social lá da terra? Aproveitar o pobre para auto-promoção é lamentável.
Ermelinda Matos

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