Muitas localidades da região vão ser palco de obras públicas no próximo ano e meio. A maioria das obras são necessárias. Digo maioria porque também há algumas que mais valia não serem feitas...mas isso é outra conversa.
As obras vão chegar porque começam a ser desbloqueados fundos comunitários e em Portugal sem fundos comunitários não há obras. E também porque vai haver eleições em 2021, embora quem esteja a mandar numa câmara ganhe eleições mesmo sem fazer nada, desde que vá distribuindo subsídios ao longo do mandato.
Ao longo do tempo, em que os fundos comunitários escasseiam, as câmaras municipais também fazem obras mas, de um modo geral, por tradição ou porque os autarcas no poder acreditam que obras dão votos, essas obras são planeadas para serem inauguradas o mais perto possível das eleições...não vão os eleitores esquecerem-se que elas foram feitas.
Para ser justa também devo acrescentar que, cada vez mais, há concursos de obras aos quais não se candidata qualquer empresa. E este também é um assunto que merece ser analisado...para além de ser noticiado.
Maria da Conceição Teixeira