Mudança da rodoviária em Santarém vai matar ainda mais a cidade
Proprietário do terminal rodoviário realça que a zona do centro histórico vai perder movimento com a saída da gare para o antigo campo da feira.
O proprietário da gare rodoviária de Santarém, onde opera a Rodoviária do Tejo, considera que a transferência do terminal para o antigo campo da feira vai matar ainda mais a zona próxima do centro histórico. Para José Manuel Roque, se o centro da cidade já denota pouco movimento durante alguns períodos do dia, com a saída dos transportes para a zona próxima da praça de toiros “a cidade vai morrer ainda mais”.
José Manuel Roque aguarda por saber quando é que a rodoviária sairá das instalações que têm meio século e refere que, para já, não tem alguma ideia sobre o que fazer com as instalações, que estão arrendadas à Rodoviária do Tejo. Admitindo a situação como um facto consumado, o proprietário salienta as condições do espaço, que foi construído com condições especiais. O terminal, na Avenida do Brasil, foi desenhado de propósito para esse efeito e na altura a placa entre os dois pisos, em betão pré-esforçado, foi a primeira daquela dimensão em Portugal e foi construída com o acompanhamento do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Como O MIRANTE noticiou na edição passada, a localização do terminal no Campo Infante da Câmara, surge em virtude da concessão do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). Esta opção prende-se com a necessidade de o município de Santarém dispor de um terminal rodoviário público quando entrarem em funcionamento os Transportes da Lezíria do Tejo.