O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), reiterou na última reunião do executivo que a instalação de um terminal rodoviário no Campo Infante da Câmara é uma solução provisória que não vai condicionar o futuro dessa zona central da cidade, que o município quer transformar em zona de lazer e fruição.
O antigo campo da feira foi o local escolhido pelo município para localizar o novo terminal rodoviário da cidade, quando entrar em vigor a concessão do Serviço Público de Transporte Rodoviário de Passageiros na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT). O concurso público internacional deve ser lançado em breve e a concessão terá uma duração de cinco anos. Actualmente o terminal funciona na movimentada Avenida do Brasil, igualmente no centro da cidade, e é explorado pela Rodoviária do Tejo.
“Que não se veja essa solução como definitiva, pois não é, trata-se de uma solução intermédia”, sublinhou Ricardo Gonçalves em resposta a questões colocadas pelo vereador Rui Barreiro (PS). O presidente do município referiu que o terminal vai ser construído por módulos, sem estruturas em alvenaria.
Quanto a uma solução definitiva para o terminal rodoviário o autarca considera que a decisão deve ser enquadrada com o desvio da Linha do Norte e consequente deslocalização da estação ferroviária da cidade. Nesse contexto, o novo terminal sairá do planalto citadino para a periferia, sendo as imediações do CNEMA uma das hipóteses.
O desvio da linha ferroviária é um projecto há muito falado mas de que não existem grandes certezas quanto à data da sua concretização, até porque representa um investimento na ordem dos 400 milhões de euros, “pelo menos”. “Cabe-nos pressionar pelo desvio da Linha do Norte”, disse Ricardo Gonçalves, informando que vai convidar membros do Governo e deputados para virem a Santarém debater essa questão no primeiro trimestre de 2020.