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Grupo espanhol demonstra interesse em adquirir Prado Karton
Fábrica de papel deixou de laborar a 30 de Junho de 2017

Grupo espanhol demonstra interesse em adquirir Prado Karton

Fábrica de papel no concelho de Tomar parou de laborar em 2017 deixando mais de 70 funcionários no desemprego e com dinheiro por receber.

Um grupo espanhol terá demonstrado interesse em apresentar uma proposta para adquirir a totalidade da fábrica Prado Karton. A informação foi dada a O MIRANTE por Manuel Carlos, advogado que representa a maioria dos ex-trabalhadores da indústria que deixou de laborar a 30 de Junho de 2017 mandando para o desemprego mais de 70 funcionários. A perspectiva dos trabalhadores, que têm dinheiro a receber desde que a fábrica fechou, é que esta volte a funcionar. Todos os meses se gastam mais de dez mil euros em segurança para que as instalações não sejam vandalizadas e para manter os espaços exteriores nas mínimas condições.
Segundo Manuel Carlos, a leiloeira Domus Legis, que interpôs um requerimento na véspera do leilão de venda da Prado Karton - marcado para 5 de Dezembro de 2019 – onde contestava os critérios do leilão promovido pela LeiloSeabra, entregou recentemente um requerimento a informar que tinha outro potencial comprador para a fábrica, mas não o identificou. “Se houver uma proposta concreta que todos os credores aceitem não seria preciso fazer um leilão, mas não nos podemos esquecer que os principais credores da fábrica são dois bancos. Eles têm sempre que dar o aval”, explica Manuel Carlos.
O leilão da Prado Karton – Companhia do Cartão S.A. em Tomar, foi suspenso pelo Tribunal de Santarém uma vez que a leiloeira Domus Legis apresentou um requerimento onde contesta os critérios do leilão promovido pela LeiloSeabra, a empresa que ia proceder à possível venda da fábrica. Em causa está um diferendo relacionado com a percentagem que fica para a leiloeira em caso de venda.
“A leiloeira Domus Legis enviou uma proposta onde se mostra disponível para baixar a sua comissão para dois por cento do preço da venda da fábrica enquanto a LeiloSeabra iria cobrar uma comissão de cinco por cento. Esta diferença de três por cento na comissão representará uma poupança, a favor da massa insolvente, de 53.100 euros. É um valor bastante significativo. No entanto, a Domus Legis diz que não recebeu qualquer resposta por parte da massa insolvente e comissão de credores. Eu próprio não tive conhecimento deste documento até hoje”, disse, na altura, o advogado Manuel Carlos.
Até agora as únicas propostas de compra concretas - a mais elevada no valor de um milhão e 770 mil euros - tinham como objectivo o desmantelamento da fábrica. A unidade ocupa uma área de mais de 50 hectares junto ao rio Nabão, tendo uma área coberta de 25.465 metros quadrados.

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