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As bicicletas eléctricas de Almeirim  e o incentivo ao exercício físico


Sou demasiado velho para perceber certas modernices. É o caso das novas trinta bicicletas eléctricas que as pessoas vão poder utilizar, na cidade de Almeirim, por períodos de uma hora, pagando vinte euros por ano.
O presidente da câmara diz que servem para fazer exercício físico mas nesse caso não era melhor serem das bicicletas normais em vez de serem eléctricas? E espero que o período de uma hora diga respeito apenas ao tempo que cada bicicleta está em movimento. É que se alguém a usa para ir ao café ou ao centro de saúde, supermercado, etc... e se demora muito os sessenta minutos não chegam.
Sou daqueles que pensam que uma bicicleta é um objecto pessoal. Não deve ser partilhado. Cada ciclista deve ter a sua e ela deve reflectir aquilo que são os gostos e as necessidades de cada proprietário. Em Portugal não somos muito de colectivizações. Basta olhar para o fracasso e experiências surgidas a seguir ao 25 de Abril inspiradas na colectivização soviética (que também já foi chão que deu uvas), ou para a baixa taxa de utilização de transportes públicos, mesmo onde eles existem, por exemplo.
Esta nossa mania de fazer de cada cidade plana de Portugal uma mini-Amesterdão é ridícula. Tão ridícula como fazer mini-ciclovias em alguns lados, só para dizer que elas existem, embora não sejam usadas por ninguém.
José Júlio Tiago Saboga

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