Árvores sem manutenção motivam queixas na Póvoa de Santa Iria
Câmara de Vila Franca de Xira diz que vai tratar do assunto no próximo mês
Quando abre a janela do seu apartamento Susana Soares, uma das moradoras da Rua Ferreira de Castro, na Póvoa de Santa Iria, não consegue ver nada além da frondosa copa de uma árvore que está por podar há três anos. A situação, além de representar um perigo nos dias de temporal, impede a entrada de sol e é propícia à proliferação de insectos.
O mau estado de conservação das árvores e de toda a zona envolvente aos prédios é criticado também por outros moradores, escutados por O MIRANTE, que lamentam a falta de atenção que tem sido dada pelas diferentes entidades no local. A responsabilidade de podar as árvores era da junta de freguesia mas foi transferida para a câmara no âmbito da última descentralização de competências. Jorge Ribeiro, presidente da junta, explica que sempre que há queixas de munícipes o alerta é enviado para a câmara e os queixosos são informados de que se trata de uma responsabilidade municipal.
Contactada por O MIRANTE, a Câmara de Vila Franca de Xira garante que a situação já se encontra identificada pelos serviços municipais e informa que as intervenções necessárias estão programadas para a segunda quinzena de Fevereiro.
Os jardins exteriores não existem e os espaços relvados foram, com a falta de manutenção, gradualmente substituídos por espaços de terra batida, em particular junto das garagens da zona. Para quem ali vive, um exemplo da falta de atenção a que a zona está sujeita é o facto de estarem ramos e outras folhas colhidas há três anos a apodrecer junto aos caixotes do lixo sem que ninguém as tenha ido recolher. O cheiro sente-se por quem passa no local.
Além da árvore que tem a copa por podar à janela de Susana Soares há outra árvore que está com ramos partidos de grande porte a ameaçar precipitarem-se sobre pessoas e bens a qualquer instante. Mas, para a maioria dos moradores da zona, a principal preocupação incide sobre um pinheiro ali existente no meio dos prédios, plantado há quase quarenta anos quando os edifícios de três andares foram construídos.
“O pinheiro hoje está da altura de um prédio de cinco andares. Isto é muito perigoso. Além de ter um parque de estacionamento por baixo os ramos nunca tiveram manutenção e as pinhas estão sempre a cair em cima das pessoas e dos carros”, critica Afonso Fernandes, outro morador da zona.