Empreitada de saneamento enguiçada no concelho de Alcanena
Obras da rede de esgotos em Covão do Coelho e Vale Alto já deviam estar concluídas mas estão paradas desde Novembro devido a problemas relacionados com a empresa a quem foi adjudicada a empreitada. Presidente do município diz que a paciência está a esgotar-se.
A presidente da Câmara de Alcanena esgotou a paciência com a empresa TOELTA – Gestão de Investimentos e Concessões, a quem foi adjudicada a execução da rede de saneamento básico nas aldeias de Covão do Coelho e Vale Alto, freguesia de Minde, que continua parada desde meados de Novembro de 2019.
Na última reunião do executivo a presidente do município, Fernanda Asseiceira (PS), informou que reuniu no início de Janeiro com o empreiteiro, António Tinoco, e com o subempreiteiro e respectivos advogados, para perceber o que está a impedir o avanço da obra. A autarca disse que poucas conclusões foram retiradas da reunião e que a “paciência começa a esgotar-se”.
O dono da TOELTA terá garantido nessa reunião que os materiais necessários para a empreitada chegariam à zona de obra em breve. Mas esse não é o único impasse que se vive. Em causa está também uma dívida à empresa subcontratada. E enquanto a mesma não for paga o subempreiteiro não reinicia os trabalhos.
Recorde-se que, tal como O MIRANTE noticiou, António Tinoco tinha já garantido que entregaria os materiais no início do mês de Dezembro de 2019 e não cumpriu.
As obras arrancaram no início de 2019, houve uma primeira paragem em Agosto desse ano, por falta de material, e desde meados de Novembro que a obra está interrompida pela segunda vez. A falta de material é novamente a causa desta segunda paragem. Em falta estão caixas, tampas e cúpulas, materiais essenciais à concretização da obra. Entretanto, as ruas de ambas as aldeias estão repletas de buracos e algumas até cortadas, por causa da obra.
A empreitada de execução das redes de saneamento de águas residuais de Covão do Coelho e Vale Alto foi adjudicada à empresa TOELTA – Gestão de Investimentos e Concessões, SA, pelo valor de 2.068.563 de euros mais IVA. O prazo de execução é de 365 dias e os trabalhos começaram no início de 2019. Deveriam estar a terminar e nem a meio vão.
Esta é a mesma empresa a quem a Câmara de Alcanena já tinha deliberado aplicar uma multa de 223 mil euros, caso não arrancasse com as obra de saneamento no Carvalheiro. A mesma situação de falta de material colocou-se no Carvalheiro, também em meados de Novembro, tendo a autarquia colocado um prazo limite para a obra retomar. No dia 3 de Dezembro o empreiteiro cumpriu e a obra tem avançado.
O MIRANTE contactou diversas vezes o empreiteiro António Tinoco, que não atendeu os nossos telefonemas.