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Programa de habitação jovem em Vila Franca de Xira tarda em sair do papel
Há dez anos que o município diz estar a preparar um programa para cativar jovens a irem morar para o centro histórico da cidade. Presidente da câmara espera fechar o processo ainda neste mandato.
Em 2020 passam dez anos desde a última vez que O MIRANTE deu eco da pretensão dos autarcas de Vila Franca de Xira em criarem na cidade um programa de arrendamento jovem a custos controlados. Uma medida que pretendia atrair mais casais jovens para o centro de uma cidade cada vez mais envelhecida e com prédios devolutos e alguns, municipais, completamente abandonados.
A verdade é que uma década depois o processo tarda em sair do papel, precisamente numa altura em que a procura por habitação no concelho está em alta, gerando com isso uma subida inflacionada dos preços das rendas praticadas. Contactado pelo O MIRANTE, o presidente do município, Alberto Mesquita, garante que o processo não está esquecido e até admite ter as primeiras casas prontas a habitar até ao final deste mandato, no Outono de 2021.
“Para dinamizarmos as nossas vilas e cidades temos de captar jovens. Os jovens hoje em dia têm dificuldade em constituir família e pagar as rendas que se praticam no mercado. Temos de ser nós a regular esses preços de alguma forma. Temos alguns lotes que podemos colocar à disposição de famílias jovens, com critérios bem estabelecidos, e é nisso que estamos a trabalhar”, explica.
Um dos locais que o município tem em mente para avançar com a habitação jovem a custos controlados passa por reabilitar as antigas instalações do posto de turismo e dos serviços sociais, dois edifícios situados na Avenida Pedro Victor e na Rua Almirante Cândido dos Reis. Os projectos estão finalizados mas o processo tem estado emperrado na Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), que tem de dar um parecer sobre as obras estudadas para o local.
Dada a presença na zona do pelourinho do largo da câmara, que é monumento nacional, todas as obras previstas num raio de 50 metros precisam de um parecer prévio da DGPC. Logo que o município esteja na posse desse documento as obras avançam, garante o autarca. Até porque o financiamento para os trabalhos advém de uma candidatura apresentada ao Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas – IFRRU 2020.
A medida é há muito esperada já que o preço das rendas para habitação na cidade é bastante elevadO, havendo apartamentos com tipologia T1 (um quarto, sala, cozinha e casa de banho) a rondar os 500 euros.
O antigo posto de turismo, com 153 metros quadrados de área total (125 metros quadrados de área coberta e 28 metros quadrados de área descoberta), deverá ser reaproveitado, no seu piso térreo, para comércio, sendo os pisos 1 e 2 vocacionados para espaços habitacionais, nomeadamente para tipologias T1 e T2. Para o antigo edifício dos serviços sociais municipais a câmara prevê a criação de um T0 em cada um dos três pisos (rés-do-chão, primeiro andar e sótão) do edifício.
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