Foi pela mão do avô materno que Luísa Burguette, 14 anos, começou a competir na modalidade de biatle moderno. A jovem começou a praticar natação aos dois anos e assim que teve idade participou em torneios entre escolas. O seu avô, Nuno Burguette, que era treinador da Casa do Benfica de Abrantes (CBA), levou-a a um treino de atletismo. A intenção era só experimentar mas a neta gostou tanto que começou a frequentar os treinos e a participar em provas. Recentemente, Luísa Burguette, que vive em Abrantes, e é atleta do CBA, sagrou-se campeã nacional de biatle moderno sub-15. Esta é a quarta vez que conquista um título nacional nos escalões jovens.
A atleta iniciou-se no biatle com naturalidade pois praticava natação e atletismo, as duas modalidades desse desporto. O seu avô teve conhecimento do biatle através do presidente da Federação de Pentatlo Moderno e foi assim que se iniciou na modalidade. O facto do biatle moderno conjugar atletismo e natação despertou a curiosidade de Luísa e apaixonou-se logo por esta competição. A prova pode ser contínua ou descontínua. São 1600 metros de corrida – que podem ser divididas em 800 metros ao início e no fim – e 100 metros de natação.
Além do atletismo e natação, o pentatlo moderno inclui também as modalidades de laser run, esgrima e equitação. Luísa também tem participado em provas de laser run e já se iniciou na esgrima. Já competiu em diversos campeonatos nacionais, europeus e mundiais de biatle moderno. Além deste título recente de campeã nacional, já se sagrou vice-campeã europeia e ficou em 6º lugar num campeonato mundial. A jovem não esconde a felicidade por se ter sagrado campeã nacional. “Trabalhei bastante para atingir este objectivo. Ainda por cima, por causa da pandemia, não houve quase prova nenhuma esta época, o que prejudica os objectivos. Fiquei muito feliz por ter conseguido”, admite a O MIRANTE.
Luísa diz que as vitórias são a recompensa do trabalho desenvolvido ao longo do ano em conjunto com o seu avô, que é o seu treinador. “Sou muito grata ao meu avô Nuno por tudo o que tem feito por mim e pela ajuda que dá”, afirma. A sua meta principal é conciliar os estudos com a competição. Se não houver boas notas não há treinos nem provas. Por isso todos os tempos livres são para estudar.
Sonha participar nos Jogos Olímpicos e ganhar uma medalha e garante que vai fazer tudo para alcançar esse objectivo. No entanto, gostava de seguir Engenharia Aeroespacial ou Engenharia Astro-Física. Tem a certeza que quer continuar a competir, porque se sente feliz assim, mas ainda não sabe se pretende ser atleta profissional. Treina quatro a cinco vezes por semana, no Estádio de Abrantes, na piscina e também em casa. Luísa confessa que gosta de sentir o apoio da família e o avô acompanha-a sempre. Quando a mãe vai ver uma competição admite ficar mais nervosa.