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Discussão ao almoço  foi o motivo para tentar matar o marido em Benavente
O crime ocorrido na Aldeia do Peixe chocou a vizinhança

Discussão ao almoço  foi o motivo para tentar matar o marido em Benavente

A investigação ao caso da mulher que tentou matar o marido com golpes de machado, quando este dormia, concluiu que o crime se deveu a um motivo fútil. Geraldina, de 74 anos, está para ser julgada no Tribunal de Santarém.


Uma discussão à hora de almoço é o motivo apontado pelo Ministério Público para que Geraldina Miranda tenha tentado matar o marido com golpes de machado, na madrugada do dia seguinte, 9 de Outubro do ano passado. A mulher, de 74 anos, aproveitou que o marido estava a dormir e deferiu golpes com um machado na cabeça, no pescoço e na clavícula de Francisco, com quem estava casada há 48 anos. Depois tentou simular um assalto para escapar.
O caso que ocorreu na Aldeia do Peixe, em Benavente, e que chocou a comunidade está agora para julgamento no Tribunal de Santarém. A investigação não apurou com certeza os motivos da discussão de ambos, mas chegou à conclusão que no dia 8 de Outubro de 2019 o casal saiu para almoçar e que durante a refeição começaram os desentendimentos. No regresso a casa, a dada altura Francisco parou a viatura em que seguiam, abriu a porta do lado do passageiro e mandou a mulher sair. Mas acabaram por chegar juntos a casa porque ela disse que o carro era de ambos e que ele conduzisse para casa.
O resto do dia, refere a acusação, decorreu sem problemas, mas a mulher terá ficado a pensar no assunto até às 23h00, altura em que foram deitar-se. Eram cerca das seis da manhã quando a arguida, ainda com a discussão no pensamento, resolveu levantar-se e ir buscar à churrasqueira, no quintal da habitação, um machado que usou para cometer o crime.
Com a ideia de matar o marido, a mulher usou uma lanterna para ver o caminho de regresso ao quarto onde ambos dormiram, de modo a evitar que a vítima acordasse com a intensidade da luz do candeeiro do quarto. À luz da lanterna acercou-se do marido deitado na cama e desferiu-lhe golpes com o machado em zonas vitais, que podiam ter provocado a morte de Francisco. Ao verificar que o marido permanecia inconsciente na cama, mudou de roupa e dirigiu-se a casa de uma vizinha a pedir ajuda. Disse-lhe que tinham assaltado a casa, pedindo à vizinha que a acompanhasse à habitação.
A arguida vai responder agora por um crime de homicídio qualificado na forma tentada. O crime de homicídio qualificado é punido com prisão de 12 a 25 anos, mas tratando-se de uma tentativa, a arguida, que foi presa preventivamente, beneficia de uma atenuação desta moldura penal.

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