Técnicos municipais foram impedidos de entrar e fiscalizar o contestado aterro de resíduos industriais não perigosos, situado à entrada de Azambuja, depois de a câmara municipal ter recebido alertas de que a empresa estaria a fazer movimentações ilegais de terras, fora da área licenciada. Esta é a segunda vez que a Triaza, empresa que gere o aterro, impede técnicos municipais de inspeccionarem o espaço.
Segundo o presidente do município, Luís de Sousa (PS), após muita insistência e com a presença da GNR, os técnicos municipais acabariam por entrar, “mas só puderam fiscalizar aquilo que os olhos viram”, tendo sido impedidos de percorrer o espaço e tirar fotografias. Para movimentar terras, sublinhou o autarca, a empresa precisa da autorização do município, que neste caso não foi dada nem solicitada.
Já em Abril último, recorde-se, a comissão de acompanhamento constituída por técnicos da autarquia contactou a empresa para agendar o dia e hora para a visita, mas o pedido foi recusado. “Disseram que não autorizavam porque a Câmara de Azambuja anda a difamar o bomnome da empresa”, explicou na altura Luís de Sousa, em reunião do executivo realizada dois meses após terem chumbado a expansão do aterro e manifestarem intenções de o encerrar.
O autarca adiantou a O MIRANTE que está agora a ser preparado um novo despacho pelo gabinete de advogados contratado pela autarquia para “a fiscalização lá voltar com a GNR e poder fazer a ronda e tirar fotografias”.