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VFX não quer comboio de alta velocidade a passar no concelho 
Alberto Mesquita diz não estar interessado em mais uma servidão a passar pelo concelho

VFX não quer comboio de alta velocidade a passar no concelho 

Há dez anos o projecto foi polémico e envolvia a demolição de pelo menos 22 habitações no concelho. Troika obrigou Estado a cancelar o TGV mas o actual Governo coloca-o em cima da mesa no novo plano de investimentos. Presidente de Vila Franca de Xira já veio dizer que não quer o traçado no seu território.

O comboio de alta velocidade (TGV) não é bem vindo em Vila Franca de Xira e o projecto, se sair do papel, será apenas mais uma servidão naquele concelho, com as consequentes condicionantes, sem reais mais valias para quem ali vive ou trabalha. A convicção é do presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que no passado já se tinha mostrado desconfortável com os projectos de traçado propostos e que na última semana voltou a criticar a possível passagem da linha de alta velocidade pelo seu território.
O autarca confessa não estar muito satisfeito com os investimentos previstos para o seu concelho no Programa Nacional de Investimentos (PNI2030), apresentado pelo Governo no final do Verão e que prevê investimentos totais a rondar os 43 mil milhões de euros. Vila Franca de Xira será apenas beneficiada com a duplicação das vias na Linha do Norte, quando continuam a faltar alternativas à congestionada Estrada Nacional 10, especialmente a ambicionada variante de Alverca e os dois novos nós de acesso à Auto-Estrada do Norte (A1) no Sobralinho e Póvoa de Santa Iria.
“Tenho para mim que a ferrovia continua a ser o transporte de eleição no nosso país. Pena é que decisões que já deviam ter sido tomadas há 30 anos não foram. A última das quais o TGV. Não quer dizer que esteja de acordo com o que querem passar aqui, na ligação de Lisboa ao Porto. Não estamos interessados em mais uma servidão a passar no nosso concelho”, critica o autarca.

O renascer
de preocupações antigas
A apresentação do plano do Governo fez reacender preocupações de há uma década, quando o projecto do TGV andava a todo o vapor e o município de Vila Franca de Xira viveu em sobressalto por causa dos vários traçados previstos para cruzar o concelho. Na melhor das hipóteses pelo menos 22 casas teriam de ser destruídas. A zona mais afectada seria a Urbanização do Mosteiro em São João dos Montes.
Na altura, autarcas e população cerraram fileiras contra essa possibilidade. Temeu-se o ruído e as vibrações causadas na zona pela passagem dos comboios de 15 em 15 minutos. Numa das várias sessões públicas, realizada nos Cotovios e que contou com a presença de técnicos do ambiente e da empresa ligada na altura ao projecto, e que O MIRANTE acompanhou, usaram da palavra mais de trinta pessoas das quase centena e meia que assistiram. Às perguntas colocadas pelos moradores, a Agência Portuguesa do Ambiente respondeu com uma mão cheia de incertezas. O projecto inicial, recorde-se, previa a passagem da linha de alta velocidade por várias freguesias, como Castanheira, São João dos Montes e Vialonga.

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