O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque (coligação PSD/CDS), garantiu, em sessão camarária, não existirem falta de condições para os trabalhadores do município estarem em teletrabalho. O autarca respondeu a uma questão colocada pela vereadora socialista, Cília Seixo, numa reunião que se realizou através da plataforma digital Zoom.
O autarca explicou que dos cerca de 150 funcionários no edifício dos paços do concelho 70 estão em teletrabalho. Além disso, entre 15 a 20 foram colocados a trabalhar no Centro de Exposições para libertar espaço no edifício camarário. Luís Albuquerque acrescentou que algumas pessoas estão em casa a acompanhar os filhos menores de 12 anos e os funcionários que estão nos paços do concelho encontram-se em horários desfasados. “Estamos a cumprir a lei, dentro do que é possível. Há pessoas que não podem estar em teletrabalho, como atendimento ao público, chefias e fiscalização, por exemplo”, disse.
Há cerca de três semanas o presidente do município alegou falta de recursos tecnológicos para ter mais funcionários em teletrabalho durante este período de confinamento. No entanto, a situação foi resolvida e aumentou o número de funcionários a trabalharem em casa.
Os vereadores da oposição questionaram o executivo PSD/CDS onde foi gasto o dinheiro que nos últimos três anos tem sido anunciado para “desmaterialização” de processos e equipamentos. Albuquerque defendeu que o trabalho de modernização tecnológica que tem sido realizado nos últimos anos tem permitido que muitos dos trabalhadores do município possam estar em teletrabalho.
Albuquerque realçou, no entanto, que apenas 150 trabalhadores, de um total de 550 funcionários, têm efectivamente condições para estar em teletrabalho. “Muitos trabalham na rua, outros estão no atendimento. Há funcionários cujo trabalho não pode ser feito recorrendo ao teletrabalho”, destacou.