A Câmara de Santarém removeu os globos em pedra que estavam fixados ao pavimento da Praça Sá da Bandeira, e delimitavam o corredor de ligação à Rua Serpa Pinto, para os substituir por floreiras. A intervenção numa das salas de visitas do centro histórico da cidade não agradou à concelhia do PS, liderada pelo candidato socialista à câmara, Manuel Afonso. Os socialistas dizem mesmo, em comunicado, que se trata de um “acto de destruição de património público”, que pode abrir espaço a que o emblemático largo se transforme num “circulódromo” de automóveis.
No entanto, as preocupações do PS parecem exageradas, pelo menos tendo em conta as explicações dadas pelo presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), na última reunião de câmara. A intervenção que vai ser feita na Praça Sá da Bandeira (também conhecida por Largo do Seminário) passa apenas pela substituição das esferas de pedra por floreiras, melhoria da iluminação pública e decorativa e beneficiação dos bancos ali existentes.
Segundo Ricardo Gonçalves, o autor do projecto original foi consultado sobre esta intervenção, tendo concordado com a mesma. Em resposta ao vereador da oposição Rui Barreiro (PS) - que liderava a câmara quando o Largo do Seminário foi requalificado há quase 20 anos, ficando com o actual figurino -, o presidente do município diz que esta intervenção não desvirtua em nada o local. A intenção, acrescentou, “é dar mais colorido” à praça onde se situa a Sé Catedral e que é toda revestida a pedra.