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Directora clínica do CHMT não aguentou um ano no cargo
Ana Vila Lobos

Directora clínica do CHMT não aguentou um ano no cargo

Ana Vila Lobos está no centro hospitalar que reúne as unidades de Abrantes, Torres Novas e Tomar há quase cinco anos, tendo dirigido o serviço de Nefrologia até aceitar o cargo de directora clínica em Fevereiro do ano passado.

Ana Vila Lobos, médica com um currículo de excelência, estava a fazer um ano no cargo de directora clínica do Centro Hospitalar do Médio Tejo, mas decidiu deixar as funções no primeiro dia que voltou ao trabalho após ter estado uma semana de baixa por doença. A médica especialista em Nefrologia (doenças dos rins e aparelho urinário) trabalha há quase cinco anos no centro hospitalar e esteve presente no primeiro transplante renal de cadáver no Hospital Curry Cabral, em 1980, ano em que acabou o curso de medicina com 17 valores.
Ao ter aceitado o cargo de directora clínica no mesmo minuto em que foi convidada, nada fazia prever que viesse a interromper o mandato de três anos, cuja nomeação saiu em Diário da República de 11 de Fevereiro de 2020. A médica nefrologista desde 1989, quando concluiu a especialidade com 19 valores, entrou para os hospitais do Médio Tejo em Maio de 2016 para ser directora do serviço de Nefrologia, onde obteve bons resultados. Em 2017 O MIRANTE dava conta que este serviço tinha o segundo maior programa de hemodiálise de doentes renais crónicos no sector público e a maior unidade de diálise da região de Lisboa e Vale do Tejo.
A especialista, de 65 anos, invocou razões pessoais para a demissão, que foi entretanto comunicada ao Ministério da Saúde aguardando-se que o conselho de administração do CHMT proponha um novo director clínico. Mas não será alheio o aumento da pressão neste centro hospitalar por causa da COVID-19, que tem obrigado a frequentes mudanças e readaptações dos serviços e cancelamento de cirurgias. Nem o facto de este ano lectivo a médica ter começado a fazer um curso de Direito em Lisboa.
Recorde-se que a necessidade de cancelar todas as cirurgias deriva de um despacho do Ministério da Saúde em virtude de ser preciso aumentar o número de camas de cuidados intensivos e internamento de doentes com o coronavírus. Uma situação que motivou o descontentamento de profissionais em todo o país e que também provocou o descontentamento de alguns médicos do centro hospitalar que reúne os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas.

Directora clínica do CHMT não aguentou um ano no cargo

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