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Hospitais da região garantem que pandemia não interrompeu tratamentos oncológicos 
Sandra Bento teme que os cancros não diagnosticados em 2020 venham a engrossar as consultas em 2021 e nos anos seguintes

Hospitais da região garantem que pandemia não interrompeu tratamentos oncológicos 

Hospital Distrital de Santarém, Hospital Vila Franca de Xira e Centro Hospitalar do Médio Tejo mantiveram o mesmo nível de actividade oncológica em 2020 em relação ao ano anterior. Mas a paragem dos rastreios, forçada pela pandemia, fez diminuir o número de novos casos. A propósito do Dia Mundial do Cancro O MIRANTE faz um diagnóstico dos hospitais da região.

No Hospital Distrital de Santarém (HDS) foram seguidos em consulta de Oncologia 1.677 doentes e em tratamento activo, em Hospital de Dia, 631. Os dados são referentes aos primeiros oito meses de 2020. Adicionalmente há doentes em acompanhamento por outras especialidades.
O número de doentes manteve-se estável em relação ao ano anterior. Sandra Bento, directora da Unidade de Oncologia do HDS, destaca que nesta especialidade não há lista de espera e que todos os doentes tiveram consulta no prazo adequado. Em relação às consultas de primeira vez, houve um “discreto” aumento de 1,1%. Quanto às consultas subsequentes, verificou-se um ligeiro decréscimo de 2%, tendo o número de doentes em tratamento activo aumentado 8%.
Apesar de não haver ainda a totalidade de casos de 2020, Sandra Bento adianta que os números referentes aos oito primeiros meses de 2020 traduzem uma diminuição de 35% de novos casos de cancro diagnosticados. Segundo os dados do Registo Oncológico Nacional, o HDS tem cerca de 1.500 novos diagnósticos de cancro por ano, sendo os mais frequentes os da mama, da próstata, do cólon e recto e do pulmão.

Hospitais dão
conta do recado
Recentemente o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Rodrigues, afirmou que muitos doentes estão a ser enviados dos hospitais centrais, sem capacidade, para o IPO (Instituto Português de Oncologia), mas Sandra Bento ressalva que tal não aconteceu em Santarém. “Aqui o tratamento aos doentes oncológicos foi assegurado, sem necessidade de transferências por motivo de falta de capacidade”, diz.
Apesar da pandemia, a maior parte dos doentes manteve tratamentos no HDS. No actual confinamento ainda não aconteceu qualquer interrupção. Aos doentes em seguimento, foi dada a opção de fazer consulta telefónica, tendo sido esta a escolha de muitos.
Um cenário que se repete no Hospital Vila Franca de Xira (HVFX), onde fonte hospitalar garante que não se verificou qualquer aumento na taxa de absentismo ou desistências, tendo o hospital tomado as diligências necessárias para garantir a segurança dos seus doentes.
Em 2020 o HVFX prestou cuidados de saúde oncológicos a cerca de 1.400 doentes. Um número que se manteve praticamente inalterado quando comparado com 2019. O hospital recebeu, no ano passado, 270 novos doentes no Serviço de Oncologia, um número em linha com o verificado no ano anterior e onde predominam o cancro urogenital, mama e digestivo. Vila Franca de Xiratambém não registou transferências de doentes oncológicos por falta de capacidade.

Cirurgias caíram no CHMT
Completando o leque de hospitais públicos da região, o Centro Hospitalar do Médio Tejo, que integra os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes, realizou em 2020, no âmbito da actividade assistencial em Oncologia, 2.858 consultas externas, um acréscimo de 216 consultas face a 2019. Já os utentes em Consulta Externa (766) mantiveram-se em relação a 2019.
A 31 de Janeiro de 2021 existiam 33 doentes oncológicos em lista de espera, menos um do que em igual data do ano passado. As cirurgias (neoplasias) realizadas em 2020 baixaram consideravelmente em relação a 2019, tendo passado das 495 para 344. Baixaram também as sessões de Hospital de Dia de Oncologia que caíram das 6.575 para as 6.169 (6%). A descida no número de doentes seguidos em Hospital de Dia foi mais ligeira, representando 1% (1.050 utentes em 2020 e 1.067 em 2019).

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