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Ministro do Ambiente desconhece problema dos acessos ao EcoParque do Relvão
O Eco Parque do Relvão, onde se situam empresas ligadas ao tratamento e aproveitamento de resíduos, não tem merecido qualquer atenção por parte dos sucessivos governos em termos de acessibilidades

Ministro do Ambiente desconhece problema dos acessos ao EcoParque do Relvão

Deputado Duarte Marques questionou governante e propôs recurso ao Fundo Ambiental para resolver um problema com muitos anos O ministro Matos Fernandes disse desconhecer a questão mas prometeu ponderar a sugestão. Dezenas de camiões com resíduos continuam a circular diariamente por dentro de localidades como Chamusca, Alpiarça e Almeirim.


O deputado do PSD Duarte Marques defendeu, numa audição com o ministro do Ambiente no Parlamento, o recurso ao Fundo Ambiental para financiar a resolução do problema dos acessos ao EcoParque do Relvão, na Chamusca. Em causa estão os constrangimentos ao trânsito causados pela passagem diária de muitos camiões com destino àquele complexo, nomeadamente na Estrada Nacional 118 que atravessa os concelhos de Chamusca, Alpiarça e Almeirim.
Duarte Marques realçou que o Fundo Ambiental tem uma gestão bastante discricionária que depende apenas da decisão do ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e tem como objectivo resolver impactos ambientais ou resultantes de acções que visam proteger o ambiente e reduzir a poluição. “É graças à gestão e tratamento centralizado dos resíduos perigosos na Chamusca que as populações periféricas estão a ser tão prejudicadas. É preciso actuar”, sublinhou.
Na resposta, o ministro afirmou desconhecer qualquer problema causado pelo EcoParque, mostrando-se, no entanto, disponível para avaliar essa possibilidade.
Em 2019 o Fundo Ambiental teve uma execução de 387,6 milhões de euros que subiu para 569,9 milhões de euros em 2020. Para 2021, segundo o deputado do PSD eleito por Santarém, o Fundo Ambiental deverá ter 571 milhões de euros que resultam de taxas cobradas às milhares de empresas e cidadãos portugueses. “É um dever político e moral do Ministério do Ambiente contribuir para esta solução sobretudo quando uma parte significativa das receitas do Fundo são precisamente empresas cujos resíduos são tratados na Chamusca”, afirmou.
A questão dos acessos ao Eco Parque do Relvão, na freguesia da Carregueira, arrasta-se há duas décadas. Os camiões carregados de resíduos, muitos deles perigosos, passam pelo interior de localidades como Chamusca, Carregueira, Almeirim e Alpiarça causando transtornos às populações.

Fora das prioridades do Governo
Tal como noticiámos em Fevereiro de 2017 as acessibilidades ao Eco Parque do Relvão ficaram fora das prioridades do Governo definidas no Programa de Valorização das Áreas Empresariais. A justificação dada pelo Governo é que a nível do programa de fundos comunitários Portugal 2020, de acordo com o qual foi desenhado o plano de investimentos de 2015/2020, o Eco Parque do Relvão foi considerado, mas apenas em 20º lugar da lista. O que não lhe deu acesso a fundos.
O Eco Parque do Relvão, onde se situam maioritariamente empresas ligadas ao tratamento e aproveitamento de resíduos, tanto urbanos, como industriais banais e perigosos e até resíduos hospitalares, não tem merecido qualquer atenção dos sucessivos governos em termos de acessibilidades, sendo apenas elogiado quando há necessidade de instalar aterros e empresas de tratamento que ninguém mais quer receber nos seus territórios, como aconteceu com os resíduos industriais perigosos e as incineradoras de resíduos hospitalares.

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