A construção de um posto de combustíveis junto à Estrada Nacional 10, no Porto Alto, concelho de Benavente, nas proximidades de um poste de alta tensão, de habitações e de restaurantes, está a provocar descontentamento. Moradores da zona lançaram uma petição online para travar a obra.
Com os seus pais a viver há anos naquela zona habitacional, Alexandra Leal garante que o “descontentamento é geral” e que os moradores “não compreendem como é que se permite um erro” desta natureza. “Vamos ter pessoas a viver parede com parede com uma bomba de combustível”, diz a O MIRANTE, acrescentando que não se compreende a localização quando no Porto Alto existem “tantos terrenos disponíveis” afastados de zonas habitacionais. Além disso, observa, “já existem seis bombas de gasolina na freguesia de Samora Correia”, estando grande parte delas localizadas no Porto Alto.
A Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), entidade que regula a instalação de postos de combustível, garante que foram cumpridos todos os trâmites legais e que no decorrer do processo foi realizada uma vistoria com conclusão favorável à instalação do equipamento.

Município aprovou
licença de construção
O assunto foi também abordado em reunião de câmara, com o vereador Pedro Pereira a questionar a autarquia se confirma que vão ser construídas bombas de gasolina num terreno próximo do restaurante Paris, no Porto Alto, e se essa construção já está licenciada, alertando para o facto de existir no local um poste de alta tensão, o que se torna “perigoso para quem circula nas proximidades ou para quem ali habita”.
Em resposta, o vereador com o pelouro do urbanismo, Hélio Justino (CDU), confirmou que a construção vai arrancar, com “o aval da Direcção-Geral de Energia e Geologia”. O autarca explicou ainda que o processo de licenciamento do posto de abastecimento decorreu na Câmara de Benavente, tendo sido atribuída licença de construção, levantada pelo dono da obra em Novembro do ano passado.
Relativamente a uma possível violação do Plano Director Municipal em vigor, Hélio Justino garantiu que o documento que regula o território do concelho, permite que “aquele uso ali aconteça”.