Com os serviços de recolha de lixo do concelho de Vila Franca de Xira a funcionar a meio gás por causa da pandemia, com as equipas a trabalhar em espelho, as dificuldades na recolha que já se sentiam há cinco anos têm-se agravado. Por isso, o presidente do município, Alberto Mesquita (PS), admite que poderá ter de recorrer temporariamente a serviços privados para ajudar na recolha do lixo. O objectivo, frisou o autarca em reunião do executivo, é evitar que a população continue a sair prejudicada.
“Estamos a fazer o que é possível com as equipas desfasadas. Pese embora com alguns trabalhadores em confinamento, e outros infectados com Covid-19, vamos conseguindo resolver os problemas da melhor maneira para que a população não fique prejudicada”, afirma o autarca.
Questionado pela oposição CDU sobre o problema do lixo acumulado, que se verifica com maior expressão nas grandes cidades, Mesquita garante que “só no limite” terão de ser encontradas outras soluções, como recorrer a empresas externas para fazer esse trabalho. O autarca não o quer fazer e acredita que os serviços vão conseguir dar conta do recado, mas não fecha totalmente a porta a essa possibilidade.
Em Junho do ano passado, como O MIRANTE deu nota, o município anunciou um investimento de 1,3 milhões de euros na guerra contra o lixo acumulado nas ruas, dinheiro que chega na forma de 205 novas ilhas ecológicas com sensores e ainda a contratação de pessoal para a recolha. 145 ilhas ecológicas foram já colocadas no concelho e para 2021 está previsto um investimento de 470 mil euros para colocar 60 novos equipamentos.
O problema do lixo acumulado nas ilhas ecológicas e contentores de resíduos urbanos é acima de tudo uma questão de civismo de muitos moradores, já que muitos sensores das ilhas ecológicas mostram que estas estão vazias quando o exterior está cheio de lixo amontoado.