uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

De Santarém para o país

Santarém é uma cidade desprezada, no âmbito nacional, reconhecida exclusivamente pela Feira Nacional da Agricultura. Não tem eventos de grande calibre, falta-lhe importância, infra-estruturas e até inovação (uma constante queixa nos debates para as autárquicas) para que se possa tornar relevante no mapa português.

Ainda assim, e contra algumas bocas que agoiraram o contrário, o município deu uma lição política de como se deve lidar com os extremos. Tudo isto decorre da posição central que o eleito do Chega passaria a ter nas decisões da câmara com o empate de eleitos entre o PSD e o PS.

Felizmente, o Partido Social Democrata teve a decência de colocar o interesse dos cidadãos à frente de qualquer orgulho partidário e encontrar uma solução de estabilidade, que “corte as vasas” à única e maior esperança do partido radical da direita.

Assistimos, por sua vez, à mesma situação na Assembleia da República. Com o cenário de eleições antecipadas prevê-se que o Chega passe os 10 deputados eleitos e os extremos representem mais de 20 pessoas na casa da democracia. Da mesma maneira que se pedia a António Costa que não tivesse dependido do Bloco, Rangel ou Rio devem seguir o exemplo dado por Ricardo Gonçalves e não sucumbir às forças instáveis.

Como havia dito Franklin Roosevelt, “um radical é um homem com os dois pés firmemente assentes no ar”. Nos tempos que correm tal conclusão não poderia estar mais correcta. Este é um teste à nossa capacidade de resistir às ideias ocas e vazias que no passado nos provaram estar claramente erradas, na oposição a uma sociedade multicultural, de entreajuda e segura.

Santarém deu o exemplo, resta saber se o país o seguirá. Esperemos que sim!

João Loureiro

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido