Autarcas da Chamusca dão informação errada sobre semáforos na Ponte
Presidente da câmara diz que os semáforos da ponte da Chamusca estão muitas vezes avariados devido à condensação de água no armário de controlo. O assunto é tema recorrente nas reuniões da assembleia municipal onde aparentemente os autarcas não conhecem o protocolo entre a IP e a autarquia.
A justificação que a Infraestruturas de Portugal (IP) utiliza para explicar o modelo de funcionamento do sistema de sinalização semafórica na Ponte da Chamusca é diferente da versão que o executivo municipal tem dado a conhecer, nomeadamente nas reuniões de executivo municipal e após um pedido de esclarecimentos solicitado por O MIRANTE.
Nas sessões camarárias, e sempre que o assunto é levantado pela vereadora da oposição, Gisela Matias (CDU), o presidente tem dado a entender que existem problemas no sistema sublinhando que sempre que os semáforos não funcionam dá conhecimento à IP para agir em conformidade. Nas sessões de assembleia municipal, onde o assunto é por regra tema de debate, a posição de Paulo Queimado mantém-se, sem nunca ter sequer mencionado que os semáforos estão a funcionar de acordo com a solução projectada, como garante a empresa pública no esclarecimento enviado a O MIRANTE.
Na primeira semana deste ano, depois de dois veículos pesados voltarem a bloquear o trânsito durante mais de uma hora, e de ser necessária a intervenção da GNR, O MIRANTE pediu esclarecimentos a Paulo Queimado, via email, sobre as dificuldades que os milhares de utilizadores vivem diariamente para fazer a travessia do Tejo que liga a Chamusca à Golegã. Na altura, o presidente justificou o não funcionamento dos semáforos devido à condensação de água no armário de controlo garantindo a sua imediata correcção, situação que não se verificou. Paulo Queimado explicou ainda que o serviço de Protecção Civil da Chamusca não tem acesso ao armário de controlo uma vez que a gestão do trânsito é competência da GNR. O nosso jornal questionou sobre que pressões têm sido realizadas junto da IP obtendo como resposta que têm sido realizadas várias reuniões para resolver a questão.
Na primeira reunião de câmara do novo mandato a vereadora Gisela Matias voltou a trazer para cima da mesa o assunto da Ponte da Chamusca; mais uma vez Paulo Queimado voltou a remeter as responsabilidades dos congestionamentos do trânsito para a Infraestruturas de Portugal.