Estrada entre Casais da Charneca e Tremês continua um desastre para os pneus
Há um ano a Câmara de Santarém prometeu a colocação de um novo tapete de alcatrão na via mas até à data obras nem vê-las. Moradores queixam-se dos danos nos veículos e do ruído causado pela passagem de camiões.
A estrada municipal que faz a ligação entre Casais da Charneca e Tremês, no concelho de Santarém, continua a ser uma dor de cabeça para quem ali passa com frequência, devido às diversas falhas no alcatrão, que resultaram de cortes no asfalto aquando da ligação das redes de saneamento ou de electricidade.
Há um ano alguns moradores de Casais da Charneca fizeram chegar as suas queixas a O MIRANTE e, na altura, a Câmara de Santarém, pela voz do então vereador Ricardo Rato, prometeu cuidados paliativos imediatos e uma intervenção mais profunda no âmbito do programa de conservação de estradas da Câmara de Santarém, que previa a colocação de um novo tapete de alcatrão. Embora tenham sido feitos alguns remendos o problema de fundo permanece.
Fonte da Câmara de Santarém afirma que a situação está identificada e prevista no contrato de manutenção corrente de estradas municipais, pelo que a intervenção será feita de acordo com as prioridades estabelecidas.
Um dos moradores de Casais da Charneca, Armindo Filipe, voltou a dar conta a O MIRANTE que os buracos continuam e os danos nos automóveis continuam a acontecer. Além dos pneus do seu veículo já teve que substituir também as rótulas da direcção. Acresce a isso o ruído resultante da circulação de camiões quando passam nos buracos, que não dão descanso aos residentes.
Para os moradores de Casais da Charneca e Tremês que passam pela estrada municipal diariamente, o maior dos estragos é ao nível dos pneus e amortecedores. Já há um ano, quando publicámos a primeira notícia sobre o assunto, Armindo Filipe não poupava críticas e apelidava os cortes na via de autênticos “trinca pneus”. Em tom irónico dizia mesmo que nalguns desses buracos dava para plantar alfaces. Já falou com a junta, com a câmara e com a GNR, mas de pouco lhe tem valido.
“A estrada está neste estado há cerca de quatro anos e ninguém quer saber. Isto era um instante enquanto se resolvia, com umas pazadas de alcatrão. Parece é que os governantes empurram de uns para os outros. Mas o que é certo é que passamos aqui todos os dias com os nossos carros, pagamos o Imposto Único de Circulação (IUC) e temos que andar a meter amortecedores ou pneus novos”, reclamava Armindo Filipe.