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Pressão leva Provedor da Misericórdia do Sardoal a renunciar após 32 anos no cargo
Anacleto Batista, Provedor da Misericórdia do Sardoal, pediu renúncia do cargo (foto DR)

Pressão leva Provedor da Misericórdia do Sardoal a renunciar após 32 anos no cargo

Demissão de Anacleto Batista já tinha sido pedida há cerca de um ano pelo presidente da assembleia-geral, que criticou a gestão do Provedor devido aos problemas financeiros da instituição.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Sardoal, Anacleto Batista, pediu renúncia ao cargo durante a assembleia-geral realizada a 30 de Outubro. Os elementos da mesa administrativa e do conselho fiscal também pediram renúncia do cargo. No entanto, os corpos sociais vão manter-se em funções até serem eleitos novos órgãos sociais. A Misericórdia do Sardoal é um dos maiores empregadores do concelho, com cerca de 80 funcionários e problemas financeiros que levaram inclusivamente a atrasos no pagamento de ordenados e à necessidade de se realizar um saneamento financeiro da instituição.

Anacleto Batista toma agora esta decisão, a meio do mandato, que terminaria em 2023. O presidente da mesa da assembleia-geral, Miguel Borges, que também é presidente da Câmara do Sardoal, já tinha pedido a demissão do provedor em Setembro do ano passado. Na altura, Miguel Borges alegava graves erros de gestão e lamentava o que se passava na Misericórdia do Sardoal que atravessava (e continua a atravessar) problemas financeiros que levaram ao encerramento da valência de creche por incapacidade financeira.

Miguel Borges explica a O MIRANTE que mantém a sua opinião e afirma que muitos dos irmãos da Misericórdia não se revêem na actual gestão da instituição que emprega cerca de 80 funcionários. Em Agosto de 2020 houve um incumprimento parcial do pagamento dos vencimentos dos trabalhadores, que foi depois regularizado. No entanto, a situação dos ordenados dos funcionários foi sempre muito precária com os pagamentos a serem feitos de forma faseada e nunca no dia em que deveria ocorrer o pagamento.

“Não reconheço no senhor provedor, nem nesta mesa administrativa, capacidade para tirar a Santa Casa da situação em que se encontra”, criticou na altura Miguel Borges, acrescentando ser importante haver confiança nas pessoas que lideram instituições. “Esta gestão está gasta e isso ficou provado nesta assembleia-geral com o desentendimento entre o provedor e o presidente do conselho fiscal”.

Em Dezembro do ano passado alguns trabalhadores foram despedidos por causa dos problemas financeiros da instituição. Nessa altura Anacleto Batista referiu que a Santa Casa estava a estudar um plano de reestruturação financeira. Anacleto Batista é provedor da Misericórdia do Sardoal desde Janeiro de 1989. Antes fez um mandato como vice-provedor, outro como presidente do conselho fiscal e outro como presidente da mesa da assembleia-geral. Integra os órgãos sociais da Misericórdia desde 1971.

Pressão leva Provedor da Misericórdia do Sardoal a renunciar após 32 anos no cargo

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