A empresa pública Infraestruturas de Portugal garante que o sistema semafórico instalado na Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, denominada Ponte da Chamusca, tem estado a funcionar de acordo com a solução projectada de modo a impedir o cruzamento de viaturas pesadas no estreito tabuleiro em condições de má visibilidade. Só que os frequentes congestionamentos de tráfego naquela travessia sobre o Tejo, que une os concelhos de Chamusca e Golegã e que tantos transtornos e tempo perdido causam aos automobilistas, evidenciam que a solução está longe de ser perfeita.

E mais ineficaz ainda se tornou com o recente roubo da câmara de detecção de viaturas pesadas instalada no encontro poente da ponte, do lado da Golegã, que desapareceu há duas semanas. A IP disse a O MIRANTE que estão a ser desenvolvidos os necessários procedimentos para a sua reposição no curto prazo.

Questionada sobre o facto daquele sistema de regulação de trânsito na ponte estar constantemente desligado a IP explica que “este sistema semafórico, no seu funcionamento normal, está desligado, só sendo activado na presença de más condições de visibilidade relacionadas com a presença de nevoeiro”. Nesses casos, “após actuação remota do sistema semafórico, o sistema passa a regular o acesso ao tabuleiro, ou seja, se está uma viatura pesada a circular na ponte num dos sentidos cai o vermelho no sentido de circulação contrário, impedindo a entrada no tabuleiro da ponte de viaturas pesadas nesse sentido, eliminando-se assim o entrecruzamento de pesados”.

Só que quem ali passa com frequência sabe que as coisas não são bem assim. E será talvez por isso que a empresa pública diz estarem “em estudo soluções alternativas à actual cujo propósito é a melhoria das condições de circulação no tabuleiro da ponte da Chamusca, no entanto ainda não consolidadas”.