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Premiar é reconhecer quem faz o melhor pela comunidade

As entidades e personalidades que se esforçam por uma sociedade melhor e ajudam a fazer crescer uma região e um país merecem ver a sua dedicação reconhecida. Durante a entrega dos prémios Personalidade do Ano, em Santarém, ouvimos alguns convidados sobre a importância de premiar o mérito e sobreviver em tempos difíceis

Carmo Couto – Coordenadora do Grupo de Apoio de Santarém da Liga Portuguesa Contra o Cancro

“Vamos preocupar-nos mais com quem nos rodeia”

Carmo Couto destaca a importância de iniciativas como a entrega de prémios Personalidades do Ano, organizada por O MIRANTE. Na sua opinião, é fundamental avaliar quem faz alguma coisa pelos outros e tem algum peso na comunidade em que se insere. Se tivesse oportunidade, Carmo Couto premiaria o vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da chamada task-force, pela forma como liderou todo o processo de vacinação no nosso país.

Carmo Couto continua a gostar de ler o jornal em papel mas também a versão online. Dá mais atenção às notícias através destas formas do que das redes sociais. Define-se como uma pessoa optimista e acredita que muita coisa vai melhorar depois de ultrapassada a pandemia. “Acho que a relação entre as pessoas vai melhorar, vamos preocupar-nos mais com o outro e com quem nos rodeia. A pandemia obrigou-nos a pensar mais sobre isso e acredito que estamos mais próximos e mais ligados uns aos outros”, afirma.

Maria Sofia Pinto, notária no Cartório Notarial de Santarém

“Dava um prémio aos profissionais de saúde”

Maria Sofia Pinto, notária no Cartório Notarial de Santarém, afirma que o trabalho e dedicação das pessoas devem ser reconhecidos e que O MIRANTE, através da organização dos prémios Personalidade do Ano, tem sido o porta-voz da comunidade ribatejana.

A notária não hesita ao afirmar que se tivesse de premiar alguém nesta altura seriam os profissionais de saúde e quem tem estado na linha da frente do combate à pandemia, desde os clínicos aos serviços administrativos dos hospitais e unidades de saúde.

Maria Sofia Pinto refere que as tecnologias desempenham um papel muito importante no exercício das suas funções, mas continua a preferir ler os jornais em papel porque, sublinha, é onde está a informação certificada e de confiança. A pandemia, devido ao teletrabalho, deu ainda mais relevância à relação trabalho/tecnologias. No futuro próximo, gostava que as pessoas aproveitassem melhor o tempo com a família e amigos e passassem a valorizar mais as pequenas coisas e a dar menos importância ao que é insignificante.

Rita Sousa, Casas do Gótico

“Associações sobrevivem com grandes sacrifícios”

Actualmente, há associações e empresas a passar por grandes dificuldades devido à pandemia, mas o futuro deve ser encarado com esperança, defende Rita Sousa, uma das responsáveis da imobiliária Casas do Gótico. Para a empresária, a gala Personalidades do Ano de O MIRANTE é já um marco de referência na região e nunca como agora é tão importante distinguir e premiar quem faz a diferença na comunidade.

“Qualquer evento que reconheça o trabalho desenvolvido pelas associações, pessoas e empresas da nossa terra é de louvar nos dias que correm. Há associações que sobrevivem com grandes sacrifícios e este prémio é uma ajuda a manter a motivação”, explica.

Rita Sousa mantém-se informada através de várias plataformas digitais mas não abdica do jornal em papel. Se pudesse, dava um prémio às crianças de todo o país. “São as mais penalizadas com tudo o que tem acontecido. Têm ficado muito privadas de poderem viver o seu crescimento de forma normal e socializar”, refere.

Casimiro Ramos – administrador do Centro Hospitalar do Médio Tejo

“É importante reconhecer o trabalho dos outros”

O administrador do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) considera que a sociedade está habituada a ouvir notícias negativas mas defende existirem muitas pessoas a fazer coisas boas em diversas áreas. “É importante reconhecer o trabalho de várias entidades e é também um incentivo para outras que nem sempre têm essa oportunidade”, refere.

Se pudesse, Casimiro Ramos premiava as pessoas que passam despercebidas, que trabalham nos bastidores e sem as quais seria impossível fazer trabalhos de excelência. Casimiro Ramos gosta de folhear o jornal em papel pois, diz, permite interiorizar melhor as notícias. No entanto, também acompanha as novidades do dia-a-dia através das redes sociais.

O administrador hospitalar acredita que a pandemia vai alterar a forma como vivíamos. “Passámos a ser mais cautelosos e apreensivos em relação a situações inesperadas. Há muita gente que perdeu familiares e amigos e se houve algo que aprendemos é que pode acontecer-nos o mesmo”, sublinha.

Ana Vicente, Directora adjunta IEFP Santarém

“Jornais regionais são exemplo de proximidade”

Distinguir anualmente as personalidades e colectividades que dão o seu melhor em prol de toda a comunidade é muito importante e uma iniciativa a valorizar, defende Ana Vicente, directora-adjunta do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Santarém. “Especialmente na pandemia em que vivemos e onde todos fizemos um esforço adicional de sobrevivência, estas distinções são ainda mais importantes. Temos de valorizar o que as pessoas e a nossa comunidade têm de melhor. Pessoas que, com o seu trabalho, contribuíram para que todos nós estejamos melhor”, refere.

Ana Vicente entende que nenhuma profissão deve ser desvalorizada e que todas têm a sua importância. “Todas as profissões ajudam para que todos como comunidade e cidadãos nos sintamos bem. Há uns a quem é pedido maior esforço desta vez, mas isso é cíclico. Amanhã será exigido a uma outra profissão. Não tenho dúvida que todos juntos conseguiremos vencer este vírus”, defende.

Ana Vicente destaca o evento de O MIRANTE pela sua proximidade à comunidade. “Os jornais regionais são um exemplo de proximidade com as pessoas. É importante ouvir e ver as empresas e as pessoas e é em galas como esta que conseguimos ter o contacto directo com todas essas pessoas”, conclui.

Anabela Lima - presidente do Grupo de Dadores Benévolos de Sangue da Portela das Padeiras

“Pandemia tornou-nos mais conscientes”

Para a presidente do Grupo de Dadores Benévolos de Sangue da Portela das Padeiras (Santarém) distinguir pessoas e instituições pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos é fundamental para ajudar a evoluir a comunidade. “É sempre bom termos noção do que é que os outros fazem e como fazem. Isso também nos ajuda a olhar para nós próprios e a tentarmos melhorar o que podemos melhorar”, afirma.

Anabela Lima gostaria de premiar ou distinguir e enaltecer pessoas que trabalham na área da saúde pois considera que foram de “extrema importância” nestes dois últimos anos em que vivemos em pandemia.

A dirigente associativa gosta de ficar a par da actualidade vendo as notícias na televisão mas, de vez em quando, também gosta de folhear o jornal em papel. Utiliza as redes sociais sobretudo para promover a sua associação e as suas dádivas de sangue.

Anabela Lima considera que as pessoas não mudaram assim tanto com a pandemia e os confinamentos que tivemos que viver. “Acredito que vamos voltar ao que era antes da pandemia. Talvez tenhamos maior consciência dos riscos que corremos e da importância de respeitar o outro porque podemos, a qualquer momento, colocá-los em risco ou a nós próprios”, justifica.

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