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Insectos podem ser solução para desafios ambientais

Um dos eixos de intervenção da Agenda Mobilizadora InsectERA é o InBiorremediation, que visa a utilização de insectos para eliminar ou recuperar efluentes pecuários e resíduos orgânicos urbanos.

A Agenda Mobilizadora InsectERA realizou o seu terceiro webinar, com o objectivo de divulgar e debater o trabalho em curso. Um dos eixos de intervenção é o InBiorremediation, que visa a utilização de insectos como ferramenta de biorremediação e solução para desafios ambientais, como a eliminação de efluentes pecuários e resíduos orgânicos urbanos. Estão contemplados diversos investimentos e a criação de um centro de investigação e desenvolvimento experimental em biorremediação.
O presidente da Comissão Executiva da Agenda, Daniel Murta, destacou a importância deste eixo na investigação, por ser a parte da tecnologia que ainda está longe do mercado mas que pode ser um instrumento na aplicação da biorremediação na produção de fertilizantes e de outros produtos com fins industriais, já que não se perspectiva que os produtos derivados de insectos gerados neste tipo de substrato venham a ser utilizados para fins nutricionais.
Olga Moreira, directora da Estação Zootécnica Nacional – INIAV, e líder deste eixo, referiu que o objectivo é encontrar a melhor solução na produção de insectos como ferramenta de biorremediação, e desenvolvimento de processos que tornem possível a recuperação de resíduos orgânicos considerados como uma ameaça ambiental, nomeadamente efluentes e coprodutos de actividade pecuária, lamas de águas residuais, resíduos sólidos urbanos e águas residuais industriais.
O professor Alexandre Trindade referiu que a utilização de larvas da mosca soldado negro (BSF) para a biorremediação é uma solução sustentável para enfrentar os desafios da gestão de resíduos com preocupações ambientais. No entanto, sublinhou, a implementação de protocolos de gestão de resíduos utilizando estes insectos como ferramenta têm de incluir uma abordagem de biossegurança, para garantir a saúde humana, animal e ambiental.
A conferência contou ainda com outros especialistas na matéria. No final da sessão, seguiu-se um debate, ficando claro que este é o eixo da Agenda que se encontra ainda mais longe de chegar ao mercado, necessitando de mais investimento em investigação e desenvolvimento, com intuito que num horizonte de oito a 10 anos possa vir a ser uma ferramenta chave na sustentabilidade ambiental de actividades que vão desde a pecuária à gestão ambiental urbana.

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