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Presidente da Câmara de Almeirim dá ajuda à ministra da Agricultura mas do lado dos agricultores

Presidente da Câmara de Almeirim dá ajuda à ministra da Agricultura mas do lado dos agricultores

Pedro Ribeiro postou na sua página partilhada no Whatsapp um texto que é uma boa ajuda para Maria do Céu Antunes ajudar a resolver os problemas que tem e vai continuar a ter com os agricultores. Tal como se esperava a revolta dos agricultores franceses chegou a Espanha e, quase ao mesmo tempo, mobilizou os agricultores portugueses que se organizaram sem as associações do sector, o que diz bem do momento que atravessamos em termos políticos.
Eis o texto de Pedro Ribeiro que parece ter sido escrito para chegar à ministra da Agricultura e ao seu camarada primeiro-ministro António Costa.

Por uma nova política de ordenamento do território e apoio às zonas rurais para fixação de pessoas*

A agricultura é, e sempre foi, um dos setores mais importantes para a Humanidade. Foi através da agricultura que deixámos de ser nómadas. Ao longo dos séculos muito mudou. Mas há algo que não muda. Sem comida não há vida. Sem agricultura não há comida. Dito isto é imprescindível que haja um compromisso, a uma década, pelo menos, sobre o que todos queremos. Desde há muito que defendo uma política que responda às necessidades de quem trabalha neste setor, que, no caso de Almeirim e da região da Lezíria tem uma enorme importância económica e social. Esta é a minha opinião, tem anos, e apenas me vincula a mim.
• Os apoios têm de ter em conta as perdas de produção fruto das medidas ambientais, que são fundamentais num mundo à beira do colapso climático. • Necessidade de criar um fundo de investigação que permita às empresas europeias desenvolver novos produtos agroquímicos que respondam a um melhor ambiente mas não percam eficácia. • Obrigar a que os produtos que vêm de fora da UE cumpram as nossas regras em matéria de segurança alimentar ou então sejam taxados por isso. • Nova política de ordenamento do território que promova a fixação de pessoas em zonas rurais sobretudo em núcleos onde já há casas e infraestruturas. Esta mudança ajuda não só a fixar pessoas no interior como as incentiva a ter as suas hortas, pomares, animais, etc que não sendo uma receita que permite viver só disso, ajuda a economia familiar e diminui as necessidades de consumos em cadeias de distribuição longas. • Necessidade de um plano nacional para o regadio, que incentive o uso de águas de superfície, criando novos perímetros de rega e sobretudo mais barragens. • Necessidade de sensibilizar os consumidores para consumirem produtos cada vez mais locais e de época. Evitando assim uma pegada ecológica pesadíssima. • Limitar as margens das cadeias de distribuição. Não é admissível que haja produtos nas prateleiras das grandes superfícies onde o preço pago pelo consumidor representa apenas 10% do valor pago ao agricultor.
• Por fim. Ninguém vive sozinho. Ao contrário do que alguns nos querem fazer crer Portugal precisa deste espaço comunitário e da política europeia. Sem Europa estávamos todos, desde os alemães aos Franceses, terminando em Malta, para falar dos maiores e dos mais pequenos, piores, a todos os níveis. A agricultura portuguesa, e sobretudo a desta nossa região, é de ponta. Que hoje usa o método cientifico, novas tecnologias para produzir mais com menos. O mercado internacional, em especial o Europeu, vale milhares de milhões em exportações. Precisamos de mudar muitas coisas, mas mudar não significa acabar, mas sim melhorar.
* Titulo da responsabilidade da redacção de O MIRANTE

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