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Apoio a juntas de freguesia em vésperas de eleições gera polémica em Azambuja

Verbas atribuídas pela Câmara de Azambuja vão ser distribuídas de igual forma pelas sete freguesias, para financiar obras que já foram executadas há algum tempo. Oposição fala em aproveitamento político da maioria socialista a menos de um mês das eleições.

O executivo municipal de Azambuja aprovou a atribuição de apoio financeiro a cada uma das sete juntas de freguesias do concelho, cujo critério foi pagar metade do valor da obra, até ao limite máximo de 10 mil euros, mediante apresentação de orçamento. Apesar de a proposta da vereadora da CDU, Mara Oliveira, ter reunido votos favoráveis de todo o executivo, gerou uma onda de indignação por surgir a menos de um mês das eleições autárquicas e por apoiar obras realizadas na primeira parte do mandato.
“Estamos a falar de apoio a obras que já foram executadas pelas juntas de freguesia em 2022” - como é o caso da obra de substituição de elevador em edifício da Junta de Aveiras de Cima -, afirmou a vereadora do Chega, Inês Louro, sugerindo que o executivo PS que governa com o apoio da CDU esteve a “guardar estes apoios durante anos para serem dados às juntas de freguesia” em período de campanha eleitoral. A candidata do Chega à Câmara de Azambuja criticou ainda o critério de distribuição do apoio - que dá de igual forma às sete freguesias -, defendendo que as que têm maior representatividade deveriam receber mais. “Não estamos a dar com justiça e de forma equivalente ao que cada uma representa”, disse.
Também o vereador do PSD, Rui Corça, defendeu que as juntas de freguesia “são todas diferentes” e que por isso deveriam ser apoiadas de forma diferente. Criticou também a ausência de documentação que comprove os pedidos de ajuda feitos pelas autarquias. “O que está a acontecer é que estamos em vésperas de eleições a deixar as contas mais bonitas”, declarou.
Mara Oliveira, que está fora da corrida eleitoral, quis vincar que o modelo de apoio foi articulado e aceite por todas as juntas de freguesia e que em nada está relacionado com a agenda eleitoral. Ainda sobre o critério de distribuição, disse que não considera que haja freguesias mais importantes que outras. “Se apoiamos uma apoiamos todas”, sublinhou.

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