Acréscimo apoia ambientalista Arlindo Marques do proTEJO
A Acréscimo é uma organização cívica com enfoque nas florestas.
Associação de Promoção ao Investimento Florestal manifestou esta quarta-feira, 27 de Dezembro, "apoio ao movimento de solidariedade" para com o ambientalista Arlindo Marques, do movimento proTEJO, alvo de um processo de difamação por parte de uma empresa de celulose.
Em nota de imprensa, a Acréscimo afirma que, "com o panorama de emissões poluentes registadas oficialmente em múltiplas unidades da indústria papeleira a operar em Portugal, só pode merecer o repúdio social a intimidação destas acções cívicas de combate à poluição, levadas a cabo por cidadãos vítimas directas de tais práticas lesivas do ambiente".
A associação manifesta o seu "apoio ao movimento de solidariedade a Arlindo Marques", ambientalista do movimento proTEJO, com sede em Vila Nova da Barquinha, no distrito de Santarém.
Em causa está um processo instaurado pela empresa Celtejo, fábrica de celulose instalada em Vila Velha de Rodão, no distrito de Castelo Branco, ao ambientalista Arlindo Marques, do movimento proTEJO, por este associar os episódios de poluição no Tejo à empresa, reclamando esta o pagamento de 250 mil euros por danos atentatórios do seu bom nome.
No comunicado, a Acréscimo lembra que "a defesa do ambiente é um dever de cidadania previsto na Constituição da República Portuguesa", tendo feito notar que "a indústria papeleira detém em Portugal um lugar de destaque no que respeita a emissões poluentes para a atmosfera e para o meio aquático, de acordo com dados extraídos de estatísticas da Agência Europeia do Ambiente".
No caso em concreto, pode ainda ler-se, "não deixam dúvidas as comunicações da Agência Portuguesa do Ambiente e, na Assembleia da República, as afirmações do dirigente da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Território quanto à acção poluente, para o rio Tejo, da actividade da unidade fabril do grupo ALTRI em Vila Velha do Ródão".
A associação lembra ainda que "foi neste contexto que, no presente ano, uma manifestação contra a poluição do Tejo, com mais de 500 activistas, culminou às portas desta e não de qualquer outra unidade fabril", tendo referido que, "no mesmo grupo, a unidade fabril da Figueira da Foz ocupa a sexta posição nacional em matéria de emissões poluentes para o meio aquático".
A direcção da Associação de Promoção ao Investimento Florestal refere ainda que, "quanto ao ministro do Ambiente, seria oportuno avaliar da constitucionalidade da emissão de licenciamentos ´à la carte`", tendo lembrado que, "em causa, está a defesa do ambiente e o papel das instituições do Estado, previsto na Constituição, quanto a este desígnio nacional".
A Acréscimo é uma organização cívica com enfoque nas florestas e que tem por objecto a promoção de negócios associados às actividades florestais que se enquadrem nos princípios da Economia Verde, num contexto de Desenvolvimento Sustentável.