A 11 de Julho de 1987 o contador mundial de população chegava aos cinco mil milhões de pessoas. Um número que inspirou a Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de um dia comemorativo, instituído em 1989 e comemorado todos os anos desde então.

Actualmente o contador situa-se nos 7.7 mil milhões, com o ranking da maior predominância populacional a ser liderado pelos países asiáticos. China e Índia, juntas, representam cerca de 37% da população global. A China alberga 1.4 mil milhões, enquanto na Índia a população se situa nos 1.3 mil milhões de pessoas. Em terceiro lugar surgem os Estados Unidos da América, com cerca de 340 milhões de habitantes.

Foram precisos 200 mil anos para a população mundial atingir os mil milhões e apenas dois séculos para passar deste número para os sete mil milhões, estimando-se que dentro de 30 anos atinja os 10 mil milhões.

De acordo com os especialistas o crescimento anual tem rondado os 75 milhões de pessoas, aproximadamente. Mas se a tendência mundial é para o aumento da população, em Portugal verifica-se o inverso. Segundo as Estatísticas Demográficas publicadas recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal vai baixar da marca simbólica dos 10 milhões de habitantes dentro de 15 anos. Em 30 anos o país terá menos de cinco milhões de pessoas com idade para trabalhar, um cenário que será ainda mais negro em 2080, quando a população em idade activa deverá ser de apenas quatro milhões. O número de idosos rondará, nessa altura, perto de três milhões e o de jovens vai cair para menos de um milhão.

O Dia Mundial da População alerta para a importância das questões populacionais no contexto dos planos e programas de desenvolvimento e para a necessidade de encontrar soluções para as questões demográficas associadas a temas como os cuidados de saúde, a escassez de alimentos, ou a poluição.