Heróis que nasceram com pouco mais de um quilo
A propósito do Dia Mundial da Prematuridade, que se comemorou a 17 de Setembro, O MIRANTE falou com três mães que passaram por essa situação.
Ter um bebé é, geralmente, um momento de alegria para os pais, principalmente se ele é desejado, mesmo não tendo ido planeado. Saber a determinada altura que o nascimento vai ocorrer antes do tempo, é um pesadelo. Um bebé prematuro é um bebé de risco. Alguns, poucos, não sobrevivem. e é sempre um choque vê-lo ali, numa incubadora, mais pequeno e mais frágil do que já são os bebés.
Joana nasceu com 30 semanas. Pesava um quilo e media trinta centímetros. "Ver a minha filha pela primeira vez custou-me imenso. Estava habituada a ver os bebés das colegas e amigas e quando a vi parecia um coelhinho. Não tinha unhas, não tinha sobrancelhas nem pestanas", recorda a mãe, Teresa Inácio, na sua casa, em Alpiarça.
Lídia e Luís Santos, de Constância, sonhavam ter filhos e constituir uma família mas nunca pensaram passar por tantas dificuldades para concretizar esse sonho. A gravidez de gémeos foi de risco e Lídia, na altura com 34 anos, teve que passá-la em casa para não correr riscos.
Durante a gravidez surgiram-lhe diabetes gestacionais e hipertensão. Foi sempre acompanhada por um médico e confessa que vivia um dia de cada vez. Aos cinco meses de gestação foi detectado um problema num dos rins de um dos fetos.
A gravidez de Joana Diniz correu de forma normal até ao dia em que começou a perder líquido amniótico (o fluido que envolve o bebé em desenvolvimento e preenche a bolsa e cavidade uterina). No hospital de Vila Franca de Xira recomendaram-lhe uma semana de repouso absoluto para que a bebé pudesse aguentar-se no útero até às 34 semanas.
*Conheça as três histórias na edição semanal em papel desta quinta-feira, 26 de Novembro