Sociedade | 03-12-2022 10:00

Torres Novas embarga obra de grupo comercial e aguarda “com expectativa” resposta da empresa

Torres Novas embarga obra de grupo comercial e aguarda “com expectativa” resposta da empresa
As chaminés da antiga Fábrica António Alves eram uma marca na paisagem. Foram demolidas para a instalação de uma superficie comercial do Intermarché

Presidente da Câmara de Torres Novas revela a O MIRANTE que o Intermarché ainda não tomou nenhuma posição sobre o embargo da obra decretado pela autarquia. Decisão do município surge na sequência da demolição de duas chaminés históricas sem o conhecimento da câmara.

As máquinas pararam nas obras do Intermarché, depois da Câmara de Torres Novas ter embargado a empreitada na sequência da destruição de duas chaminés históricas da antiga fábrica “Alves das Lãs”, localizada na Várzea dos Mesiões.
Pedro Ferreira revelou a O MIRANTE ainda não ter tido qualquer contacto por parte do grupo comercial. “Esperamos receber uma proposta de alteração ao projecto para a obra poder continuar”, disse o presidente da autarquia. Tendo em conta que as chaminés já foram demolidas, O MIRANTE questionou o autarca sobre se vai haver contrapartidas. “A partir deste momento só temos de esperar e ver que resposta é que há da parte da empresa para ver se concordamos. Aguardamos com expectativa o que têm a propor”, sublinhou.
A câmara foi confrontada no sábado, 19 de Novembro, com a demolição das duas chaminés, que simbolizavam a existência naquele espaço da antiga Fábrica António Alves. As duas chaminés faziam parte do projecto da obra do grupo comercial, mas foram demolidas à revelia da autarquia por, segundo a empresa, estarem num acentuado estado de degradação. Um dia depois, o presidente da câmara considerou “socialmente chocante” a demolição das duas chaminés e na semana seguinte o município decretou o embargo da obra.

Revolta na assembleia municipal
“Torres Novas está nas bocas do mundo pelas piores razões. Um dos símbolos da época industrial do concelho desapareceu”. Foi assim que começou a última sessão da assembleia municipal extraordinária, pela voz do cidadão António Gomes. Rui Vieira (BE) interveio de seguida, considerando que “parece que a câmara foi ultrapassada pela direita e em excesso de velocidade”. Cristina Tomé (CDU) disse que é contra o que aconteceu e quer ver a situação clarificada. Nuno Cruz (PSD/CDS) acusou o executivo de não ter acompanhado devidamente o desenrolar das obras e questionou o timing em que as chaminés foram destruídas.

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