Sociedade | 10-12-2022 11:47

PCP quer informações do Governo sobre dispensa de trabalhadores na Tupperware

PCP quer informações do Governo sobre dispensa de trabalhadores na Tupperware
Fábrica da Tupperware, sediada em Montalvo há 40 anos, já dispensou mais de 100 trabalhadores

O grupo parlamentar do PCP pediu esclarecimentos sobre a situação que se vive na fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, com dispensa de trabalhadores do quadro e quer saber que medidas pretende tomar o Governo.

O grupo parlamentar do PCP pediu esclarecimentos ao Governo sobre a situação que se vive na fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, com dispensa de trabalhadores do quadro. Os deputados comunistas Alfredo Maia e Bruno Dias mencionam notícias que referem a possibilidade de dispensa de trabalhadores da Tupperware, com os quais a empresa estará a tentar chegar a acordo de rescisão, a que se somam os mais de cem trabalhadores temporários despedidos em Setembro, e perguntam ao ministro da Economia “que avaliação faz o governo da situação descrita?”. Perguntam também “que medidas tomará o governo para travar os referidos despedimentos, garantindo os postos de trabalho em causa?”.

“A Tupperware é uma multinacional com sede no EUA e fábricas em vários pontos do mundo. Em Portugal, a fábrica possui uma unidade em Montalvo, Constância, há mais de 40 anos, sendo a maior unidade fabril da empresa na Europa, onde trabalham famílias inteiras, tendo uma importância acrescida em todo o concelho”, referem os comunistas.

No final de Novembro, o MIRANTE noticiou que a fábrica da Tupperware em Montalvo, uma das maiores empregadoras do concelho de Constância, estava a propor a rescisão dos contratos a trabalhadores do quadro, numa medida de emagrecimento de custos decorrente da crise de encomendas que a multinacional estará a atravessar. O nosso jornal contactou a Tupperware para tentar obter informações e esclarecimentos adicionais por parte da administração da fábrica, mas a mesma não se mostrou disponível. Já o presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira, disse ao nosso jornal que o município tem acompanhado a situação com preocupação e vai continuar a acompanhar, “pois são 200 postos de trabalhos (directos) que estão em questão e famílias inteiras que trabalham nesta empresa”.

O autarca de Constância acrescentou que, de acordo com as informações dos responsáveis da empresa, nada aponta para o encerramento fábrica. “A informação que nos foi transmitida foi de que seriam dispensadas entre 8 a 12 trabalhadores. Estamos solidários com os trabalhadores e dentro das competências e responsabilidades da câmara municipal procuraremos ajudar”, concluiu.

A CDU de Constância também já havia tomado posição pública sobre o assunto. “Não podemos aceitar que trabalhadores com 20, 30 ou mais anos de empresa sejam pressionados a aceitar a rescisão dos seus contratos de trabalho quando muitas vezes ainda têm uma vida activa, com anos de trabalho pela frente e compromissos financeiros inadiáveis”, considerou a coligação liderada pelo PCP.

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