Cabrestos são o doce tentação de Samora Correia
Doze mil cabrestos foram vendidos durante o Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana. O doce inventado por um habitante de Samora Correia é marca registada e só está disponível durante o certame.
No Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana, que decorre anualmente em Samora Correia, o doce local designado cabresto tornou-se uma atracção imperdível. As filas junto à tasquinha da Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora (ARCAS) testemunham o êxito da receita. Este ano venderam-se mais de 12 mil cabrestos entre 30 de Junho e 9 de Julho, e mais houvesse para entrega.
Talvez seja por isso que já é considerado o doce tentação de Samora Correia, mas para já só disponível durante o evento gastronómico. A base do doce é a massa folhada que forra as formas que vão ao forno. O recheio é feito com uma calda forte de açúcar, limão e pau de canela. Depois de arrefecer, a essa calda junta-se outra com os ovos, farinha e leite para dar origem ao creme que compõe o pastel. No forno são 15 minutos para ficarem no ponto. A particularidade deste doce é não ser enjoativo porque o limão e a canela cortam um pouco o açúcar.
Os cabrestos nasceram em 2009 de uma ideia de Rogério Justino, que na altura fazia parte da direcção da ARCAS. Para angariar verbas para a associação era pedido à população que fizesse doces para serem vendidos no Festival de Gastronomia da Lezíria Ribatejana. “Era importante termos um doce de Samora Correia com marca registada. A experiência correu bem e os cabrestos ficaram a imagem de marca do festival”, diz a O MIRANTE.
Quanto ao segredo da receita está nos ingredientes e no amor com que os pastéis são confeccionados. O leite usado na receita é proveniente de uma vacaria da freguesia. Para Rogério Justino os cabrestos perdiam o interesse se estivessem disponíveis todo o ano, como pedem os apreciadores. O nome é uma homenagem aos cabrestos que, apesar de serem remetidos para segundo plano, têm a responsabilidade de conduzir os touros na festa brava. Sendo Samora Correia uma terra de gente aficionada o doce foi baptizado de “cabresto”.