Sociedade | 17-07-2023 14:00

Suspeito de assaltar Tribunal do Entroncamento em prisão preventiva

Homem com antecedentes criminais foi detido em Lisboa e esteve nos calabouços da PSP em Tomar até ser presente a tribunal em Abrantes. O juiz decretou-lhe a medida de coacção mais pesada e vai aguardar o desenrolar do processo na cadeia.

A PSP deteve um homem suspeito de ser o autor do inédito assalto ao Tribunal do Entroncamento, ocorrido na madrugada de dia 29 de Junho. O suspeito, residente no Entroncamento, é um velho conhecido das autoridades e vai aguardar o desenvolvimento da investigação em prisão preventiva. Ao que apurámos, o suspeito terá actuado de rosto descoberto, tendo sido captado pelo sistema de videoviligância e deixado diversos vestígios da sua intrusão nas instalações judiciais.

Segundo fonte policial, o suspeito foi detido na quinta-feira, 13 de Julho, em Lisboa, no âmbito de um processo em curso na 3ª Esquadra de Investigação Criminal da capital, sendo presente ao Juiz de Instrução Criminal de Lisboa. À saída do Tribunal de Lisboa, o homem foi novamente detido no cumprimento de mandado de detenção no âmbito de um processo a decorrer na esquadra do Entroncamento. Rumou aos calabouços da PSP de Tomar e no sábado foi presente ao tribunal de turno em Abrantes, onde lhe foi aplicada a medida de coacção mais gravosa, a de prisão preventiva.

Tal como O MIRANTE noticiou em primeira mão, o assalto ao tribunal ocorreu na quinta-feira, 29 de Junho, às 3h45, hora a que a PSP “recebeu a notícia de accionamento do alarme de intrusão do tribunal”, segundo confirmou o comando distrital de Santarém. Os polícias da esquadra do Entroncamento foram enviados para o local e depararam-se com a porta de entrada pelas traseiras, que dá acesso também à conservatória, arrombada. A PSP confirma que “não foi detectado qualquer suspeito no interior do edifício”. Quanto ao roubo, verificou-se que o moedeiro da máquina de venda de produtos alimentares localizada na zona de espera do tribunal estava arrombado tendo desaparecido as moedas. Não foi comunicado à autoridade o desaparecimento de qualquer outro bem nem foram afectados equipamentos judicias.

Nos dias seguintes houve mais assaltos a empresas, como uma clínica, e nem o centro de saúde escapou. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo referiu a O MIRANTE que desconhece a forma como se acedeu ao edifício uma vez que “todas as portas e janelas estavam fechadas, sem sinais aparentes de arrombamento”. A entidade diz que vários gabinetes estavam com os armários e gavetas abertas tendo sido encontradas pastas de documentos e material informático espalhados pelo chão. Uma impressora e vários blocos de gavetas foram danificados.

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