Encontro de Renault 4 na Chamusca atrai cada vez mais participantes e este ano teve uma visita especial
A sétima edição do encontro de Renault 4 na Chamusca superou todas as expectativas com a presença de mais de meia centena de carros vindos de vários pontos do país. A organização é da União de Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande e este ano contou com a visita do administrador-delegado da Renault em Portugal, Ricardo Lopes.
O sétimo encontro de Renault 4 organizado pela União de Freguesias Chamusca e Pinheiro Grande permitiu a mais de uma centena de pessoas, distribuídas por 55 carros, conhecer uma parte do concelho, sendo que algumas optaram mesmo por pernoitar na vila. Foram preparadas várias surpresas ao longo de um dia que primou pelo conhecimento das paisagens e património cultural do concelho. Durante o almoço no restaurante Paragem da Ponte, a visita do administrador-delegado da Renault em Portugal, Ricardo Lopes, surpreendeu os amantes do clássico.
Ricardo Lopes, de 41 anos, está ligado à Chamusca através da esposa, Ana Mendes, e dos sogros, e revela que sempre que visita o concelho se sente em casa: “achava que vinha apenas para um encontro de amantes da 4L, mas vim para um encontro de família”, começou por dizer à plateia. O empresário recordou os tempos de infância em que ia de férias para casa dos avós, em Arganil, e ficava encantado por ver o clássico da marca que hoje lidera estacionado na garagem. A mítica 4L do piloto Pinto dos Santos foi também lembrada a propósito do desafio que lançou à Renault no ano passado para a participação de duas 4L numa das provas mais longas e duras do mundo, o East African Safari Classic Rally, disputado nas duras picadas africanas do Quénia durante nove dias, cerca de cinco mil quilómetros, um desafio concluído com sucesso. Ricardo Lopes revelou que este é um modelo muito especial para a marca e que por isso decidiram lançar uma nova 4L que vai reencarnar e reinventar o que apaixona no modelo: “o carro que vai ser comercializado recupera muito daquilo que são os elementos de design distintivos da 4L clássica, obviamente modernizado. É um automóvel 100 por cento eléctrico, mas que continua a respeitar a paixão que existe pelo carro”, vincou. Ricardo Lopes destacou ainda a importância dos encontros de Renault 4 para a marca: “é a prova de que temos uma ligação com as pessoas e com os portugueses. A 4L foi produzida durante muitos anos em Portugal e isso estreita laços entre a marca, os seus produtos e as pessoas”, sublinhou.
O carro do povo
Amadeu Oliveira, 72 anos, é natural de Vila Franca de Xira e dedicou a sua vida à Renault, tendo chegado a chefe da Renault Chelas em Lisboa. Pela vida acumulou dezenas de 4L e agora só tem uma que usa no dia-a-dia. A paixão pelo automóvel levou-o a fundar o “4.Clube.Portugal”. O membro mais extrovertido do convívio explica que o seu Mercedes não chama tanto a atenção como a sua 4L. Victor Oliveira vive em Almeirim e comprou uma 4L de propósito para os encontros. Na garagem tem ainda um Citroën 2CV de 1960 e um Opel Olympia de 1957. O ex-mecânico conta que o Renault 4 era conhecido por jipe dos pobres e servia para a agricultura. Descreve-o como um carro económico que raramente tem avarias e para si a Chamusca é uma terra simpática e acolhedora, onde ainda vai à pesca ao Tejo.
Um evento solidário
Jorge Silva Santos, membro da mesa da assembleia de freguesia, e Rui Martinho, presidente da União das Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande, são os responsáveis por muitos dos eventos que mexem com a Chamusca. O passeio deste ano passou pelo Castelo de Almourol e o Museu das Tropas Pára-Quedistas em Tancos. O momento mais alto da iniciativa foi quando Anita, uma menina de 11 anos que sofre de paralisia cerebral, apareceu com a sua alegria e espontaneidade para fazer as delícias dos presentes. O grupo informal “Gang da Chamusca” e os participantes no encontro entregaram um donativo que vai contribuir para que os pais de Anita possam comprar um veículo adaptado às suas necessidades. A tarde foi dedicada a visitar a Fundação Rafael e Maria Rosa Neves Duque, na Chamusca, e o dia terminou com um lanche na casa de Jorge Silva Santos.