Sociedade | 15-11-2024 18:13
Análises não identificam culpados para a morte de milhares de peixes no rio Almonda
Análises revelam que a 6 de Agosto as águas do rio Almonda excediam 28 vezes o limiar de qualidade com carga orgânica muito elevada e diminuição do oxigénio, mas não permitem identificar culpados. Município de Torres Novas diz que origem da descarga vai continuar em análise pelas entidades competentes.
Praticamente 100 dias depois foram divulgadas as análises realizadas pela Agência Portuguesa do Ambiente à água do rio Almonda, em Torres Novas, onde a 6 de Agosto último foram encontrados milhares de peixes mortos. O relatório, divulgado pelo município de Torres Novas, confirma a ocorrência de uma descarga poluente no rio, mas não permite identificar a origem da mesma.
De acordo com a Câmara de Torres Novas, os resultados “revelam que as análises tiveram em consideração os parâmetros gerais que habitualmente são analisados quando se suspeita de descarga ilegal de águas residuais” e que na data do episódio de mortandade “algo fez disparar os valores para níveis anormalmente altos”.
Os valores de CBO (Carência Bioquímica de Oxigénio), anteriores e posteriores a 6 de Agosto “são semelhantes e são considerados como bom ou excelente no limiar fronteira de qualidade dos parâmetros físico-químicos gerais”. No entanto, refere o município, as análises feitas nesse dia apresentam “um valor (140 mg O2/l), que excede 28 vezes o limiar de qualidade do bom estado ecológico (5mgO2/l), sendo indicador de uma carga orgânica muito elevada, e anormalmente muito superior ao verificado nos restantes períodos”, que se traduz entre 35 a 46 vezes superior. As análises demonstram ainda que nesse dia foi registada uma Carência Química de Oxigénio (CQO) também de valor elevado (160 mg O2/l).
*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE.
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