César Baixito diz que não tem acesso à contabilidade da Casa do Povo da Chamusca
A antiga presidente da Casa do Povo da Chamusca, Maria Leonar Feiteiro, foi condenada em tribunal por desvio de dinheiro. O presidente da assembleia-geral da instituição diz que até hoje nunca soube como foi possível a gestão da instituição sem que tenham sido explicadas as facilidades concedidas a quem roubou.
Para perceber o que aconteceu com as contas da Casa do Povo da Chamusca, que levaram à condenação da anterior presidente e da tesoureira da instituição, o presidente da assembleia geral diz que quer ter acesso à contabilidade, mas que a direcção não lhe dá os papéis. A direcção diz que está tudo na contabilista, mas esta não dá acesso aos documentos, segundo revelou César Baixito numa conversa com O MIRANTE na sede da Casa do Povo com a presença da presidente da direcção, Maria José Calcinha, e do advogado João Cardador.
Recorde-se que a ex-presidente da Casa do Povo da Chamusca foi condenada ao pagamento de 121.204 euros ao Estado, a uma multa de 1.170 euros e a uma pena de dois anos e meio de prisão, suspensa por igual período se pagar três mil euros. Maria Leonor Feiteiro foi condenada pelos crimes de burla na forma tentada e abuso de confiança qualificada. A ex-secretária da instituição, Maria Teresa Brás, foi considerada cúmplice e acusada de infidelidade e foi condenada a uma multa de 1.430 euros. As arguidas tinham sido acusadas de terem prejudicado a instituição em 121.204 euros que foram gastos em despesas pessoais, entre 2009 e 2016.
César Baixito diz que foram sempre apresentados relatórios de contas pela direcção nas assembleias gerais, e que os mesmos eram verificados pelo conselho fiscal. Havendo uma contabilista diz que até aos dias de hoje nunca conseguiu perceber exactamente como é que as coisas se passaram. “Não sendo capaz de explicar porque é que aconteceu uma coisa daquelas, e sinto-me responsável”, acrescentou, evidenciando e questionando “como é que perante esta fiscalização toda escapam 121 mil euros. César Baixito realçou ainda a sua total independência em relação a este processo.