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APA criticada por não resolver problema da poluição no Nabão

A presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), defende a utilização de drones, geridos pelas forças policiais, para fazer a monitorização do rio Nabão e identificar as fontes poluidoras. A poluição no rio Nabão foi mais uma vez discutida em sessão camarária depois de mais uma descarga poluente registada a 1 de Fevereiro, dia em que se registaram chuvas fortes na região.
Anabela Freitas referiu ainda que está a decorrer um concurso para contratar uma empresa que faça a monitorização da água do rio no concelho de Tomar. “Não vai resolver o problema mas vai permitir perceber onde é o foco poluidor no nosso concelho”, realçou.
O vereador José Delgado (PSD) criticou a “falta de acção” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para resolver este problema definitivamente: “Já sabemos que sempre que há mais caudal existe mais poluição no rio. Sabemos que a APA regula o rio fora da zona urbana mas também lhe compete monitorizar e fiscalizar toda a extensão do rio em todos os concelhos por onde ele passa. Até hoje não temos um documento concreto que nos diga quais são os focos de poluição”.
José Delgado considera que a APA não tem feito o seu trabalho e que a situação começa a ser um caso de saúde pública pois a água do rio é utilizada para a agricultura e não se sabem se a água está em condições. Acrescentou que compete ao município pressionar a APA para que se coloque um ponto final na poluição.
Anabela Freitas explicou que o município pode substituir-se à APA – apesar de não concordar com isso -, embora os focos de poluição surjam fora da zona urbana. “Se a poluição vem de outro concelho não podemos intervir. Existem várias fontes de poluição”, afirmou.
A presidente da Câmara de Tomar recordou também que durante vários anos houve suiniculturas e lagares de azeite junto ao rio e que os detritos se vão acumulando nos terrenos e quando chove esses detritos vão para a água. Também aponta o facto das condutas serem velhas e não haver separação de esgotos. “Acredito que haja descargas directas quando a pluviosidade é muita”, diz.
Em Março de 2018, a Câmara de Tomar apresentou queixa contra desconhecidos na APA, GNR e PSP devido aos “evidentes” focos de poluição que atingiram o rio Nabão. Em Abril do mesmo ano, Anabela Freitas afirmava que tinham sido identificados mais focos de poluição no rio Nabão além dos 12 iniciais que já se conheciam. No entanto, nunca foram revelados quais os focos de poluição.

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