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Câmara da Nazaré decide tomar posse da colónia balnear do distrito de Santarém

Associação de municípios presidida por Paulo Queimado tem ignorado notificações para entaipar edifício.

A Câmara da Nazaré decidiu tomar posse administrativa do edifício da Colónia Balnear da Nazaré se a Associação de Municípios do Vale do Tejo não entaipar imediatamente o edifício. A posição de força, tomada segunda-feira em reunião do executivo, surge depois do desrespeito reiterado da associação dona do imóvel, liderada pelo presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, e que agrega 19 municípios do distrito de Santarém, aos vários pedidos da autarquia da vila balnear.
O presidente da Nazaré, Walter Chicharro, em declarações a O MIRANTE, sublinha que esta deliberação tem por base um auto de vistoria que alerta, mais uma vez, para a degradação do edifício e para a falta de segurança. O espaço tem sido abrigo de toxicodependentes e já ocorreram dois incêndios no local, um deles só não alastrou às residências vizinhas porque um funcionário da câmara deu por isso e os bombeiros actuaram rápido. O autarca cansou-se de ser desconsiderado pelos seus pares, que ainda recentemente visitaram o local, mas não cuidam do seu património tal como exigem aos seus munícipes.
A câmara diz que tomando a posse do edifício, vai proceder a obras coercivas que garantam a segurança de pessoas e bens, tapando janelas, portas e vãos, imputando os custos à associação presidida pelo presidente da Chamusca, que até agora pouco ou nada fez para preservar o espaço. A falta de dignidade e mau aspecto do edifício, numa zona nobre da vila e aproximando-se a época balnear, com milhares de turistas, levou também a Câmara da Nazaré a exigir outras intervenções. A associação vai ser notificada para que num prazo de 120 dias sejam executadas obras de embelezamento e segurança do edifício.
Walter Chicharro já tinha referido a
O MIRANTE no início deste mês que tem havido uma inacção da maioria dos autarcas que constituem a associação. O autarca da Nazaré diz que tem um plano de recuperação urbana em marcha e por causa dos autarcas do distrito de Santarém tem uma mancha negra numa zona nobre da vila. A degradação do edifício agrava-se há uma década, depois de a colónia ter sido deixada ao abandono porque não cumpria as normas exigidas.
Houve um projecto de recuperação do espaço, que podia ser candidatado a fundos comunitários, mas que foi deitado para o lixo quando a associação assumiu a propriedade do espaço com a extinção da assembleia distrital de Santarém. Paulo Queimado demorou cinco anos para apresentar um novo projecto, sem perspectiva de fundos comunitários, tendo sido esta a única coisa visível que o autarca fez na associação.

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