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Famílias de costas voltadas lutam pela custódia do filho do casal Grilo
Pai de Rosa Grilo quer a guarda partilhada do neto

Famílias de costas voltadas lutam pela custódia do filho do casal Grilo

Rosa Grilo, suspeita de ter morto o marido a tiro, assistiu à audiência do processo. O avô materno da criança, Américo Pina, reclama a tutela partilhada, mas a família de Luís Grilo quer exclusividade.

Rosa Grilo, suspeita de ser coautora no homicídio do marido, o empresário e triatleta Luís Grilo, deixou o Estabelecimento Prisional de Tires, na tarde de terça-feira, 12 de Fevereiro, para ser ouvida no processo da custódia do seu filho. Algemada, chegou ao Tribunal de Vila Franca de Xira pouco depois das 14h30, acompanhada por dois agentes policiais. À sua espera tinha o seu pai, Américo Pina, que em declarações a O MIRANTE diz que é vontade de Rosa Grilo que a guarda do filho seja partilhada entre os avós e a tia, Júlia Grilo, irmã do triatleta. “Para não haver chatices, a minha filha quer que seja assim”, diz Américo que antes da audiência visitou a filha na prisão.
A irmã do triatleta, Júlia Grilo, que deixou de acompanhar o sobrinho nas visitas a Rosa Grilo na cadeia, reclama agora a exclusividade da custódia do menor, de 13 anos. A O MIRANTE, a sobrinha do triatleta, Sandra Grilo vinca a posição, afirmando que quer que seja a sua mãe - Júlia Grilo - a ficar com a tutela do menino, “para que ele seja educado segundo os valores com que o pai dele foi educado e cresça num ambiente saudável”. Recorde-se que foi Júlia quem criou Luís Grilo, a partir dos 13 anos.
Revoltado com a mudança drástica da posição da família Grilo, Américo Pina diz que “estão a ludibriar o menino para ele não querer ver a mãe e os avós”. “Querem roubar a amizade que tenho com o meu neto”, acrescenta, lembrando que foi ele, juntamente com a sua esposa, Antónia Pina que ajudaram a criar a criança quando a Rosa voltou a trabalhar, após o parto.

“Não se sente seguro com os avós”
Dias antes da audiência, o filho de Luís e Rosa Grilo foi ouvido em tribunal para expressar a sua vontade sobre quem deve tutelá-lo. Na última terça-feira, o menor regressou ao tribunal acompanhado pela família do pai, que detém a sua guarda provisória. Sandra Grilo afirma que a criança não quer tutela partilhada: “Quer ficar connosco e visitar os avós quando ele quiser. Não quer ser obrigado a ir todas as semanas”.
Para além de ter a seu cargo o sobrinho, Júlia Grilo é quem tem gerido a empresa de informática do irmão, sediada em Alverca, desde que Rosa Grilo foi detida a 26 de Setembro de 2018, por suspeitas de ter morto a tiro o marido. A família do triatleta entende que, ao tomar esta posição, está a zelar pelo bem-estar do menino e a respeitar a sua vontade. “Se perguntarem ao meu sobrinho ele diz que não se sente seguro com os avós, por isso é que quer ficar connosco. Ele já disse isso aos avós”, reforça Sandra Grilo.
Américo Pina lamenta o comportamento inesperado do neto, que já não quer ver a mãe. “Se for comigo e com a avó [visitar Rosa Grilo] não quer ir, porque eles deram cabo da cabeça do menino. No sábado [9 de Fevereiro] ele disse que ia comigo ver a mãe e tratou-me mal na véspera. Respondeu-me mal várias vezes e desligou-me o telefone”, conta a O MIRANTE.

Carta gera polémica
“Gosto muito do meu avô Américo”, lê-se na folha que o pai de Rosa Grilo fez questão de levar consigo no dia da última audiência. A carta, que faz referência a acontecimentos vividos em Portugal antes do 25 de Abril de 1974, foi apresentada pelo filho de Luís e Rosa Grilo, em Abril último, a propósito daquela data comemorativa. Por diversas vezes, Américo Pina desembrulhou o papel, para o mostrar aos jornalistas presentes à porta do tribunal. “Ai de alguém que duvide que a carta foi escrita pelo meu menino”, disse Américo à jornalista de
O MIRANTE.
A situação caricata gerou polémica entre o pai de Rosa e a família Grilo. A sobrinha do triatleta quis deixar claro que a carta não passava de “um trabalho feito na escola” a propósito do 25 de Abril, entendendo que o que Américo pretendia era aproveitar-se do escrito para dar provas de que o neto gosta dos avós.

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