Covid-19: discotecas com balanço negativo após início de novas restrições

Associação de Discotecas Nacional fez um balanço negativo dos primeiros dias com novas regras relativas aos espaços de diversão nocturna, onde só é possível entrar com teste negativo à Covid-19 desde 1 de Dezembro.
A Associação de Discotecas Nacional (ADN) fez um balanço negativo dos primeiros dias com novas regras relativas aos espaços de diversão nocturna, onde só é possível entrar com teste negativo à Covid-19 desde 1 de Dezembro.
“De uma forma geral o balanço é negativo. Basicamente o Governo não teve em conta a situação da testagem quando aplicou esta medida de obrigatoriedade de testes para entrar em bares e discotecas e ao nível de eventos”, disse o presidente da ADN, José Gouveia.
Segundo o representante, para um “evento especial” como a passagem de ano que se aproxima “é capaz de a pessoa ter o cuidado e vontade e tomar a iniciativa de fazer um teste”, sobretudo entre os mais velhos, mas para beber um copo, respondendo a um convite no próprio dia, “não se consegue, porque não se consegue testar”.
A entrada nos bares com espaço de dança e discotecas, que reabriram a 1 de Outubro depois de encerrados cerca de 19 meses devido à pandemia, estava até à semana passada cingida apenas à apresentação do certificado digital, que podia ser relativo a vacinação, recuperação ou à realização de teste negativo.
José Gouveia lembrou que Dezembro era, habitualmente, um mês em que se fazia “perto de 30% da facturação do ano”, mas nos últimos dias houve quebras no sector “de 30% a 40%” - houve alguns casos em que estes espaços “trabalharam relativamente bem”, mas longe de outros tempos.
José Gouveia afirmou que houve discotecas que decidiram criar os seus próprios centros de testagem (contratando laboratórios e pessoal próprio) de forma a poderem ter clientes, mas há um custo associado que “não pode ficar para os privados”, até porque o sector soma dificuldades nos últimos dois anos.