Especiais | 02-12-2023 11:00

Uma empresa familiar que evolui fazendo evoluir a agricultura

Uma empresa familiar que evolui fazendo evoluir a agricultura
Empresa do Ano
Paula Borrego é a administradora da Borrego Leonor e Irmão, fundada há 55 anos, em Almeirim, foi distinguida com o Galardão Empresa do Ano

A Borrego Leonor & Irmão é uma empresa familiar fundada há 55 anos que evoluiu e contribui para a evolução da agricultura sendo líder de factores de produção para a agricultura e uma das melhores da Península Ibérica. Os valores do fundador, Joaquim Borrego, que continua a praticar, como o cumprimento dos acordos e o cumprimento de prazos de entrega, são algumas chaves do sucesso, a que se junta a gestão rigorosa, inovação e acompanhamento profissional dos agricultores.

Desde que Paula Borrego assumiu a gestão da Borrego Leonor & Irmão muito mudou na agricultura, a começar pelo facto de os agricultores serem mais informados e profissionais, os produtos evoluíram sendo mais amigos do ambiente. A agricultura está mais tecnológica. A empresa tem várias estações meteorológicas na região para avisar os agricultores se determinada altura está propensa a pragas. Mas aquela que é uma das empresas mais antigas, prestigiadas e líder no mercado nacional de factores de produção e uma das melhores da Península Ibérica em fitofármacos, tem construído o seu sucesso na evolução, na inovação e no respeito pelos valores do fundador, Joaquim Borrego, que são, entre outros, o cumprimento de prazos e a honestidade.
Para enfrentar os desafios a empresa tenta estar sempre um passo à frente. Paula Borrego começou a trabalhar na empresa com o pai, que não lhe dava margem para fazer alterações, mas que lhe deu os ensinamentos necessários para enfrentar uma área de negócio marcadamente masculina. Já se habituou em muitas reuniões a ser a única mulher presente e já aconteceu no estrangeiro confundirem-na com alguém que estaria a acompanhar um empresário. A empresa tem uma forma de trabalhar que lhe dá garantia de prestar um bom serviço e ajudar os agricultores, que é manter-se actualizada em relação ao mercado.
A empresa distingue-se por garantir o que acorda com fornecedores, clientes e colaboradores. “Se houver alguma situação que não corra bem, damos a cara, tentamos resolver e nem todos têm esse comportamento”, sublinha a empresária que assumiu a gestão em 2010. A empresa tem vindo a celebrar acordos com bancos para financiar os agricultores para poderem comprar os produtos a uma taxa de juro baixa. Para a empresa se afirmar no mercado, ser competitiva e ainda ajudar os agricultores é preciso “muito trabalho, muita teimosia e muita gestão”, diz Paula Borrego que sentiu na pele as dificuldades de ser mulher neste sector. “As pessoas pensavam que a empresa já não ia ter futuro por ser uma mulher a geri-la. Actualmente têm respeito”, conta.
Antigamente conseguia-se saber o que iria acontecer na campanha agrícola, os preços que iriam ser praticados. Agora há muitas oscilações no mercado e a Borrego Leonor & Irmão distingue-se por conseguir ser uma garantia para os agricultores com um cuidado especial nas previsões das necessidades. Nada que preocupe Paula Borrego que diz ser bom trabalhar e pagar impostos porque quantos mais impostos se pagarem mais a empresa está a facturar. Apesar de considerar que a carga fiscal é exageradamente alta. A empresária diz que a agricultura nacional está ao nível da dos melhores países sendo que o que distingue é a dimensão mais pequena do país e das propriedades.
Outra situação que distingue a empresa passa por controlar e validar o que é feito diariamente. “É isso que faz com que as pessoas continuem a gostar de trabalhar connosco. Os erros cometem-se, mas é muito raro ser um agricultor a dar por isso porque conseguimos detectar e corrigir a tempo”, explica a empresária que nunca pensou atingir o patamar de elevar a empresa a um nível de reconhecimento nacional. A empresa está preparada para as exigências cada vez maiores na precisão de aplicação de produtos, mais localizada e mais preventiva. O futuro passa por aplicar os adubos ou tratamentos só onde e quando é necessário recorrendo a tecnologias cada vez mais avançadas.
A Borrego Leonor & Irmão faz mexer a economia local e regional com uma aposta na valorização dos rendimentos dos funcionários, na aquisição de bens na zona e na distribuição do lucro. “Prefiro apoiar as iniciativas da zona, ajudar as instituições. As empresas e a comunidade precisam de ter uma boa relação para vivermos todos melhor”, sublinha Paula Borrego.

Uma empresa familiar respeitada e dinâmica

A Borrego Leonor & Irmão é uma empresa familiar fundada em Janeiro de 1968 em Almeirim. Começou na zona urbana da cidade e o crescimento levou-a a mudar para a zona industrial, onde em época mais baixa para a agricultura tem mais de oito milhões de euros em produtos armazenados. No Ribatejo tem também instalações em Salvaterra de Magos. Apostou no Alentejo, também com venda de maquinaria, possuindo lojas e oficinas em Beja e Évora.
A empresa é respeitada pelos maiores fornecedores e melhores marcas de produtos, pela sua estabilidade e dinâmica. Além de comercializar fertilizantes sólidos e líquidos, sementes, rações para animais, fitofármacos e utensílios e acessórios, é especializada em aconselhamento técnico agrícola. Tem meia centena de trabalhadores e em 2022 teve um volume de negócios perto dos 45 milhões de euros, esperando este ano de 2023 atingir os 49 milhões de euros.
Com uma equipa técnico-comercial de apoio aos agricultores, uma frota para entregas no campo, é reconhecida pela capacidade logística, conseguindo garantir a entrega imediata de produtos aos seus clientes. Tendo como lema “as boas parcerias dão boas colheitas” releva-se por apostar em marcas líderes de mercado mantendo parcerias com algumas delas há dezenas de anos.

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