Ana Miranda e Mário de Carvalho são os dois maiores escritores vivos em língua portuguesa
Ana Miranda esteve no Porto para ser homenageada na Universidade, e vai estar nesta Sexta-feira em Santarém, na Casa do Brasil, pelas 17 horas, para o lançamento de Musa Praguejadora, um dos seus livros que fazem da autora a mais portuguesa de todos os escritores brasileiros e, a par de Mário de Carvalho, uma das melhores e maiores escritoras vivas em língua portuguesa.
Ana Miranda esteve no Porto, na Faculdade de Letras, para ser homenageada numa altura em que está a chegar às bancas, em Portugal, "Musa Praguejadora- a vida de Gregório de Matos", uma obra prima da biografia romanceada de um dos autores imortais da literatura em língua portuguesa. O livro foi publicado há cerca de uma década no Brasil, ganhou prémios e teve várias reedições. A autora encontrou na vida aventurosa do poeta Gregório de Matos inspiração que dura há mais de três décadas, e que começou com a publicação de "Boca do Inferno", um romance que foi considerado um dos cem melhores em língua portuguesa do século XX . "Musa Praguejadora" confirma a arte e o prestígio de uma escritora que ao longo dos últimos 35 anos reinventou o romance histórico, mas também a língua portuguesa em romances como "Desmundo", "O Retrato do Rei", "Semíramis", A Última Quimera, "Sem Pecado", "Amarik", "Yuxin", "O peso da luz, Einstein no Ceará" e uma outra biografia igualmente monumental sobre "Xica da Silva, A Cinderela Negra", que nos transporta para o Brasil do século XVIII.
Quase toda as narrativas da Obra literária de Ana Miranda situam-se no Brasil colonial, e, por isso, a História de Portugal e os portugueses são uma constante nos seus romances, o que faz dela a mais portuguesa de todos os escritores brasileiros mas, também para muitos admiradores da sua Obra, a melhor escritora viva em língua portuguesa, a par de Mário de Carvalho, o autor de "Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde".
Musa Praguejadora é um livro incomparável na literatura de língua portuguesa
A homenagem no Porto teve um painel de convidados que falaram da obra da escritora cearense que, recentemente, voltou ao seu lugar de nascimento, depois de ter vivido em várias cidades e estados do Brasil. Arnaldo Saraiva , Vânia Chaves, Fátima Marinho, Alexei Bueno, André Seffrin, Joaquim António Emídio e Francisco Topa foram alguns dos que elogiaram a Obra da autora, sobretudo a sua arte de romancear a vida de grandes autores como Gregório de Matos, mas também José de Alencar e Gonçalves Dias.
Quase toda as narrativas da Obra literária de Ana Miranda situam-se no Brasil colonial, e, por isso, a História de Portugal e os portugueses são uma constante nos seus romances, o que faz dela a mais portuguesa de todos os escritores brasileiros mas, também para muitos admiradores da sua Obra, a melhor escritora viva em língua portuguesa, a par de Mário de Carvalho, o autor de "Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde".
A homenagem no Porto teve um painel de convidados que falaram da obra da escritora cearense que, recentemente, voltou ao seu lugar de nascimento, depois de ter vivido em várias cidades e estados do Brasil. Arnaldo Saraiva , Vânia Chaves, Fátima Marinho, Alexei Bueno, André Seffrin, Joaquim António Emídio e Francisco Topa foram alguns dos que elogiaram a Obra da autora, sobretudo a sua arte de romancear a vida de grandes autores como Gregório de Matos, mas também José de Alencar e Gonçalves Dias.
Sobre "Musa Praguejadora", o livro que dez anos depois de ser publicado no Brasil chega às livrarias portuguesas, Joaquim António Emídio, o editor da Rosmaninho, diz ser "um livro incomparável porque Ana Miranda, a pretexto de biografar Gregório de Matos, conta a História de Portugal do século XVII, mas não só, em que a linguagem obscena, impiedosa e burlesca fazia a sua escola, e para um homem desse tempo o grande objetivo de vida, ou um dos grandes objetivos de vida, era encontrar o prazer na escuridão das celas dos conventos".
Gregório de Matos foi preso em vida por "crime de poesia". Ana Miranda libertou-o a tempo nesta biografia romanceada com um "Ramilhete de flores", um dos capítulos do livro, que se traduz numa antologia das personagens femininas da vida do "Boca do Inferno", um dos muitos capítulos inspirados da escrita de Ana Miranda, que deu à luz um dos livros mais belos da literatura em língua portuguesa de todos os tempos.
Recorde-se que Ana Miranda, para além de escritora, foi acrtiz de cinema e muito recentemente lançou Bionírica, uma coletânea de desenhos que narram a sua trajetória, numa mistura de literatura e pintura. O livro foi lançado simultaneamente com a inauguração de uma exposição com curadoria de Rosely Nakagawa. Ana Miranda descreve seu processo de criação como um acto contínuo de imaginação radiante, onde desenhos e palavras se complementam. Os desenhos agora reunidos em livro fazem parte de um acervo de quase dois mil desenhos que foi gurdando numa pasta ao longo da sua vida de artista, escritora e cronista.
Ana Miranda vai estar em Santarém, na Casa do Brasil, na próxima Sexta-feira, dia 12, para o lançamento de Musa Praguejadora, que decorre em simultâneo com o lançamento do livro "Estácio de Sá-O Herói Desconhecido, da autoria de Orlando Raimundo, igualmente uma edição da Rosmaninho Editora de Arte.