Política | 16-09-2025 11:25
João Moura faz-se de vítima e desculpa-se na Assembleia Municipal de Ourém

O presidente da Assembleia Municipal de Ourém e secretário de Estado da Agricultura aproveitou a última sessão para se justificar, embora indirectamente, das acusações de que tem sido alvo e acusa a comunicação social de alimentar “juízos de valor” sobre a sua pessoa.
O presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura, aproveitou a última sessão para se desculpar e justificar, ainda que indirectamente, em relação às suspeitas de corrupção de que é alvo e que têm sido destaque principal nos últimos dias nos órgãos de comunicação social. Sem mencionar directamente o processo de que é alvo, o também secretário de Estado da Agricultura falou em cartas anónimas “repugnantes” que têm circulado sobre o licenciamento de uma obra em Fátima, defendendo a sua integridade e acusando a comunicação social, sobretudo a regional, de “alimentar juízos de valor” e até de “tentativas de ajuste de contas” sobre este tipo de situações. João Moura não conseguiu disfarçar alguma tensão e nervosismo durante a sessão, um dos motivos para ter decidido justificar-se sem que ninguém colocasse alguma questão ou pedisse esclarecimentos sobre o assunto.
O líder da bancada do Partido Socialista, Nuno Batista, aproveitou o seu discurso de balanço do mandato para indicar que a democracia do país e do concelho de Ourém está em perigo e que para isso “basta acompanhar as notícias”. O autarca criticou também os bastidores da política local e sem citar nomes, falou de uma “eminência parda” que há anos influencia resultados eleitorais no concelho, ora a favor do PS, ora a favor do PSD, recorrendo a “ameaças” e “jogos de bastidores”. Nuno Batista deixou ainda o aviso de que essa figura continuará a mexer peças nos próximos actos eleitorais, mas garantiu que nunca terá influência enquanto ele se mantiver no PS. Num dia em que se assinalava o Dia Internacional da Democracia, a sessão ficou marcada pela troca de recados e pelo retrato de um concelho onde as suspeitas e o clima de desconfiança parecem pesar cada vez mais na vida política.
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